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(2015) e Danton (2015) é inversamente proporcional à fluidez dos trajetos e, assim, tem influência
direta na atratividade destes deslocamentos.
Na análise sintática dos mapas axiais da infraestrutura cicloviária de Nantes e Copenhagen pode-
se perceber os diferentes índices integração global dos sistemas, permitindo uma análise
comparativa entre as duas e a identificação de características morfológicas mais favoráveis ao
ciclismo.
Figura 3
: Mapa de Integração Global das malhas cicloviárias de Nantes e Copenhagen
Elaboração própria com base nos dados de Auran (2014) e City of Copenhagen (2013)
Os mapas de calor gerados pela análise sintática, considerando os níveis de Integração Global
(Figura 3), demonstram a maior uniformidade de integração na malha cicloviária de Copenhagen,
enquanto, em Nantes, a maior irregularidade do traçado aliada à sua característica radial resulta
numa malha cicloviária menos integrada, apresentando áreas segregadas nas regiões periféricas
assim como em sua região central.
No caso de Copenhagen, percebe-se o grande número de eixos contínuos, que permitem deslocar-
se por várias regiões da cidade necessitando poucos passos topológicos. Enquanto, na cidade de
Nantes, o traçado irregular obriga os ciclistas a realizarem constantes mudanças de direção. Essa
necessidade de mudança de direções resulta em desconforto nos deslocamentos, uma vez que o
número de retomadas de velocidades a serem efetuadas aumenta.
Dessa forma, um dos fatores, dentre vários, que podem ser associados à menor adesão do ciclismo
observado em Nantes, é a influência do seu traçado na conveniência dos deslocamentos de
bicicleta. Esse contexto também corrobora os estudos de Fraser & Lock (2011) e Danton (2015),
que demonstram que ciclistas preferem rotas que inflijam baixa necessidade de trocas de
velocidade e direção, limitando o número de retomadas e, consequentemente, diminuindo o esforço
físico.