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and elderly. Intergenerational relations have the potential to reduce prejudices and promote mutual
gains among those involved. This study intends to contribute to advance the proposition of more
sustainable spaces, generating community development and enhancing proposals that promote
these relations. It seeks to detect possible conflicts and influences on the appropriation of an
environment with uses divided by age, determining the role of age and psychological factors in
elderly's choices and in the way mobility is experienced. The hypothesis to be verified is that
predetermined activities can not only intensify the use as also inhibit certain people by creating
psychological barriers. This case study in a park in Pelotas/RS (Brazil) uses quantitative and
qualitative methods of data collection and analysis. Behavioural mapping and questionnaires
considered users of all ages, being subsequently filtered by age group. Perceptions about mobility
and environment were classified as inferential, operational or responsive; centred
in person,
environment or behaviour. The partial results indicate that socialization is the main goal for young
and elderly in this environment. It is characterized a certain level of age conflict between young and
elderly, resulting in indirect interference of internal flows, changing the spatial mobility and
stimulating age segregation. Elderly demonstrate lower mobility between areas of specific activities
and psychological aspects interfere more in their responses. Since they are the only group to
mention age related issues and behaviours as barriers for displacement, it may be accepted that the
delimitation of activities may be influencing psychological factors responsible for spatial choices.
Keywords:
Elderly; sustainability; urban public spaces; intergenerational conviviality; environmental
psychology.
1. INTRODUÇÃO
Estudos são desenvolvidos mundialmente sobre acessibilidade nos espaços públicos urbanos
visando a inclusão de pessoas com algum decréscimo funcional como os idosos. O fenômeno do
envelhecimento populacional colocou o foco na questão etária, buscando a adaptação ao novo
panorama. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que em 2015, 12% da população
mundial tinha 60 anos ou mais, número que cresce 3,26% ao ano devido à queda da fertilidade e
ao aumento da expectativa de vida (UN, 2015). A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera
idosos aqueles com 60 anos ou mais em países em desenvolvimento (WHO, 2002), mas aos 50
anos iniciam decréscimos físicos (MATSUDO; MATSUDO; NETO, 2000).
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que entre 1980 e 2013, a
expectativa de vida aumentou 12,4 anos, atingindo 74,9 anos. Este fenômeno é mais recente e
rápido em países em desenvolvimento. Países desenvolvidos passam pelo processo de forma
gradual há décadas. Assim, programas como o
Age-friendly cities
são desenvolvidos pela OMS
para auxiliar a construção políticas públicas e espaços urbanos amigáveis a todas as idades. Ele
atua, entre outras áreas, nos “Espaços ao ar Livre e Construídos” (WHO, 2007).
A manutenção de uma vida saudável para os habitantes da cidade está diretamente ligada a
sustentabilidade de seus espaços públicos (MAHDJOUBI; SPENCER, 2015), tanto na esfera física,
quanto comportamental e psicológica. Outrossim, a falta de acessibilidade a estes ambientes pode
ser igualmente prejudicial e difícil de ser combatida.
(...) a acessibilidade (...) não é simplesmente movimentar-se, mas chegar aos destinos
desejados. Nesse sentido, com um enfoque mais amplo que o da mobilidade, ao se
tratar de acessibilidade, considera-se que há uma conexão entre a oferta do sistema
de circulação e a estrutura urbana, e ela refere-se ao modo como o indivíduo pode usar
o espaço da cidade” (PEREIRA, 2006).