1941
448. SUSTENTABILIDADE E ESPAÇOS PÚBLICOS URBANOS:
CONTRIBUIÇÕES SOBRE ASPECTOS PSICOLÓGICOS E ETÁRIOS DA
ACESSIBILIDADE
LIBARDONI, Thaís Debli*
1
(thais_libardoni@hotmail.com); CHIARELLI, Ligia Maria Ávila
1
(biloca.ufpel@gmail.com); PORTELLA, Adriana Araújo
1
(adrianaportella@yahoo.com.br)
1
Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Brasil
*
Autor correspondente
RESUMO
Conscientemente ou inconscientemente, critérios físicos ou psicológicos são usados nas escolhas
sobre o deslocamento em espaços públicos. Na busca pelo conforto dos usuários, as dimensões
da sustentabilidade necessitam de um enfoque abrangente, considerando ambiente e
comportamento. Parques urbanos e praças normalmente apresentam-se divididos por idade,
acentuando diferenças e conflitos, especialmente entre jovens e idosos. As relações
intergeracionais têm potencial de diminuir preconceitos e promover ganhos mútuos entre os
envolvidos. Com esse estudo espera-se contribuir para avançar na proposição de espaços mais
sustentáveis, gerando desenvolvimento comunitário e aprimorando propostas que promovam essas
relações. Busca-se detectar possíveis conflitos e influências na apropriação de um ambiente com
usos divididos por idade, determinando o papel de fatores etários e psicológicos nas escolhas dos
idosos e na forma como a mobilidade é experimentada. A hipótese a ser verificada é que atividades
predeterminadas não só podem intensificar o uso como inibir certos usuários através da criação de
barreiras psicológicas. Este estudo de caso em um parque urbano de Pelotas/RS (Brasil) usa
métodos quantitativos e qualitativos de coleta e análise de dados. Mapas comportamentais e
questionários consideraram usuários de todas as idades, sendo posteriormente filtrados por grupo
etário. Percepções sobre mobilidade e ambiente foram classificadas como inferenciais,
operacionais ou responsivas; centradas em pessoas, ambiente ou comportamento. Resultados
parciais indicam que a socialização é o principal objetivo de jovens e idosos neste ambiente.
Verificou-se certo nível de conflito etário entre jovens e idosos, resultando na interferência indireta
de fluxos internos, alterando a mobilidade espacial e estimulando a segregação etária. Idosos
demonstram pouca mobilidade entre áreas de atividades específicas e aspectos psicológicos
interferem mais em suas respostas. Sendo o único grupo etário a mencionar comportamentos
relacionados à idade como barreiras ao deslocamento, pode-se aceitar que a delimitação de
atividades pode estar influenciando fatores psicológicos responsáveis por escolhas espaciais.
Palavras-chave:
idosos; sustentabilidade; espaços públicos urbanos; convívio intergeracional;
psicologia ambiental.
SUSTAINABILITY AND URBAN PUBLIC SPACES: CONTRIBUTIONS ON
PSYCHOLOGICAL AND AGE ASPECTS OF ACCESSIBILITY
ABSTRACT
Consciously or unconsciously, physical or psychological criteria are used to make choices about
mobility through public spaces. In the search for the user's comfort, the dimensions of sustainability
require a comprehensive approach, considering environment and behaviour. Urban parks and
squares usually are age-divided, accentuating differences and conflicts, especially between young