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sensação de segurança do ciclista (KRENN; OJA; TITZE, 2015), o que indica também uma maior
eficiência das ciclovias em relação às ciclofaixas e vias compartilhadas. Além disso, a alta
velocidade dos demais veículos nos espaços compartilhados gera grandes danos em casos de
colisão, com impacto maior sobre o ciclista (FERREIRA, 2007). Com isso, o planejamento de zonas
de velocidade 30km/h, também cumpre o propósito de conferir maior segurança aos usuários da
bicicleta. Vias com transito de alta velocidade, principalmente quando superiores a 60km/h, ampliam
as chances de acidentes fatais onde o ciclista é a principal vítima. Além disso, o tipo de
pavimentação e a ausência de obstáculos, tais como buracos, lombadas, etc. são elementos que
contribuem para o conforto dos ciclistas, sendo necessária sua adequação para garantir a
efetividade desses espaços de trânsito. Um ambiente ameno contribui com uma parcela importante
para incentivar o uso da bicicleta, garantindo o bem-estar destes usuários (ITDP BRASIL, 2013).
Ainda com relação à segurança do trânsito, a qualidade e a sinalização dos cruzamentos são
também indicadores de grande relevância. Quando bem sinalizados, os veículos motorizados ficam
mais atentos à bicicleta, e vice versa, minimizando os riscos de acidentes nos pontos de encontro
entre os diferentes modais (PUCHER; DILL; HANDY, 2010).
Pucher; Dill; Handy(2010) também demonstram que a presença de bicicletários e paraciclos é um
fator determinante para quem pedala, sendo apontado em diversos índices de ciclabilidade. Quando
relacionada ao modais coletivos, a armazenagem em áreas próximas das estações representa um
importante incentivo à integração, além da própria possibilidade de transporte nos veículos
coletivos, conforme já mencionado. Pode-se associar também, a implantação e utilização de
sistemas de bicicletas compartilhadas no entorno das estações, tornando ainda mais potente a
integração entre estes modais, permitindo o uso da bicicleta nos dois extremos do trajeto sem
implicar na redução do espaço de passageiros dentro do modal coletivo (CERVERO; CALDWELL;
CUELLAR, 2013).
O potencial para o uso da bicicleta em determinada área está também relacionado à variedade de
caminhos e rotas possíveis para chegar a determinado destino (WINTERS et al.,2013).
Considerando o entorno próximo às estações de um modal de transporte público, a conectividade
contribui também para a capilaridade do sistema, tornando-o atrativo para mais usuários. Quando
a forma das cidades está associada a um desenho de quadras de grandes dimensões, as opções
de percurso tornam-se mais escassas, restringindo também a abrangência dessas rotas para
ciclistas. Além da capilaridade, o planejamento das rotas precisa considerar também a topografia
local. Assim, a malha cicloviária torna-se capaz de atender aos diferentes pontos da cidade,
evitando a necessidade de percursos em aclive acentuado, que acabam por desmotivar o pedalar.
Além das infraestruturas diretamente relacionadas à bicicleta, outros elementos do ambiente
construído podem contribuir para a questão da segurança pública de quem pedala, assim como o
bem-estar nos trajetos, constituindo incentivos ao uso deste modal. Áreas mais dinâmicas e ruas
com grande fluxo de pessoas tendem a ser mais convidativas a estes usuários. Alguns autores se
referem à estética do local ou à presença de áreas atrativas, apontando para essa noção da
paisagem (KRENN; OJA; TITZE, 2015).
Na formação de ambientes mais atrativos, as fachadas no nível da rua, onde transitam ciclistas e
pedestres, tornam-se elementos determinantes. Atividades no nível térreo das edificações, e os
níveis de “transparência” e continuidade dessa fachada são algumas métricas utilizadas. Muros
“cegos” e fachadas descontínuas tendem a gerar ambientes mais inseguros para pedestres e
ciclistas, pois se tornam espaços pouco vigiados e pouco atrativos (ITDP BRASIL, 2013).
Como forma de agregar também maior dinâmica aos bairros, a mistura de usos torna-se um outro
componente importante para essa vitalidade. A diversidade de usos aumenta as possibilidades de
destino e faz com que haja atividade nas ruas nos diversos horários do dia, formando um ambiente