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1926

desejam chegar à estação de BRT por meio deste modal. Esta configuração das vias restringe

também as possibilidades de rotas para os usuários da bicicleta, conformando um entorno de

quadras de grandes dimensões e, por consequência, baixa capilaridade para o ciclista. Segundo

Winters et al. (2013), a presença de interseções em trechos máximos 400m é fundamental para a

diversidade de rotas e consequente atratividade dos usuários da bicicleta. No contexto em análise,

algumas das quadras chegam a ter dimensões maiores que 1000m, resultado do modelo urbanístico

adotado, pautado no automóvel. Em outras quadras adjacentes à estação, embora seja observado

um maior número de interseções, algumas delas correspondem a vias de acesso à condomínios,

tendo acesso controlado. Assim, não chegam a alcançar a conectividade desejada para um

ambiente atrativo ao ciclista.

Imagem 4.

Entorno de 1km da estação Terminal Alvorada

.

Mapa elaborado pelo autor

Quanto às possibilidades de armazenagem da bicicleta, a estação Alvorada conta com a presença

de bicicletário com 24 vagas, junto à estação, em local descoberto, sem controle de acesso e pouco

conectado com as rotas cicláveis próximas. Além disso, a estação atende uma média de 10mil

passageiros/dia para o serviço de BRT Transcarioca (ITDP, 2015), de forma que, a oferta de vagas

pode atender apenas a uma demanda pela integração com a bicicleta inferior a 0,5% dos

passageiros diários.

No que diz respeito a elementos da paisagem construída, o entorno da estação Alvorada é carente

em fachadas com atividades no nível do pedestre, sendo constituído principalmente de condomínios

residenciais e shoppings centers. Essas duas formas de inserção urbana, fechadas em si mesmas,

contribuem ainda mais para tornar o ambiente das ruas pouco atrativo não só para ciclistas, mas

também para pedestres.