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desejam chegar à estação de BRT por meio deste modal. Esta configuração das vias restringe
também as possibilidades de rotas para os usuários da bicicleta, conformando um entorno de
quadras de grandes dimensões e, por consequência, baixa capilaridade para o ciclista. Segundo
Winters et al. (2013), a presença de interseções em trechos máximos 400m é fundamental para a
diversidade de rotas e consequente atratividade dos usuários da bicicleta. No contexto em análise,
algumas das quadras chegam a ter dimensões maiores que 1000m, resultado do modelo urbanístico
adotado, pautado no automóvel. Em outras quadras adjacentes à estação, embora seja observado
um maior número de interseções, algumas delas correspondem a vias de acesso à condomínios,
tendo acesso controlado. Assim, não chegam a alcançar a conectividade desejada para um
ambiente atrativo ao ciclista.
Imagem 4.
Entorno de 1km da estação Terminal Alvorada
.
Mapa elaborado pelo autor
Quanto às possibilidades de armazenagem da bicicleta, a estação Alvorada conta com a presença
de bicicletário com 24 vagas, junto à estação, em local descoberto, sem controle de acesso e pouco
conectado com as rotas cicláveis próximas. Além disso, a estação atende uma média de 10mil
passageiros/dia para o serviço de BRT Transcarioca (ITDP, 2015), de forma que, a oferta de vagas
pode atender apenas a uma demanda pela integração com a bicicleta inferior a 0,5% dos
passageiros diários.
No que diz respeito a elementos da paisagem construída, o entorno da estação Alvorada é carente
em fachadas com atividades no nível do pedestre, sendo constituído principalmente de condomínios
residenciais e shoppings centers. Essas duas formas de inserção urbana, fechadas em si mesmas,
contribuem ainda mais para tornar o ambiente das ruas pouco atrativo não só para ciclistas, mas
também para pedestres.