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Imagem 3.
Ciclovias e bicicletários no entorno do BRT Transcarioca.
Elaborado pelo autor, com base nos dados da Transpote Ativo<
http://ciclorio.ta.org.br/>.
Para uma melhor compreensão da ciclabilidade no entorno da Transcarioca e, considerando as
diferentes realidades urbanas que o sistema atravessa, consideraremos três importantes estações
do sistema para esta análise. Vistas sob a ótica das dimensões apontadas pelo índice e,
considerando um entorno próximo e facilmente ciclável, pode-se então perceber a atratividade do
ambiente construído no entorno do BRT em questão para o uso da bicicleta, visando com isso o
favorecimento da integração modal.
4.2.1. Ciclabilidade na Estação Alvorada
A estação Alvorada constitui uma das principais estações do sistema Transcarioca. Trata-se de uma
estação terminal, de integração com linhas de ônibus para diferentes áreas da cidade, situada na
Barra da Tijuca, área que vem emergindo como nova centralidade no Rio de Janeiro.
A estação Alvorada encontra-se em meio a diversas vias de alta velocidade para a circulação de
automóveis– com limite indicado de 70 a 80km/h - que constituem um nó rodoviário no local. Com
isso, para garantir a segurança dos ciclistas, a presença de vias exclusivas e segregadas se torna
fundamental neste contexto. Considerando o entorno próximo da estação, tolerável de ser
percorrido até que o ciclista alcance uma rota segura, compreendido em um raio de 200m
(ITDP,2013), percebe-se uma carência de ciclovias para possibilitar a integração modal. Destaca-
se também, o caso da Av. Ayrton Senna, onde a ciclovia existente foi removida para a redução dos
canteiros centrais quando da implantação do BRT Transcarioca, tendo sido apenas parcialmente
remanejada, embora sem conectividade direta com o terminal do BRT. Somente na Av. das
Américas, porém apenas em parte dela, pode-se notar a presença de vias destinadas à bicicleta.
Cabe ressaltar que o acesso a partir da estação a esta ciclovia precisa ser realizado por meio de
passarela elevada, para o cruzamento da via de trânsito rápido de automóveis, o que torna também
menos convidativo ao ciclista, uma vez que o caminho se torna mais longo.
O predomínio das vias de alta velocidade faz com que a sinalização de cruzamentos considerando
a bicicleta seja praticamente inexistente, tornando o ambiente bastante hostil para aqueles que