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explored. In this paper, it is proposed to identify such measures, formalized in their urban mobility

plans, in two cities as case studies, Nantes (France) and Copenhagen (Denmark) through the

diagnosis of the actions, projects and guidelines identified in the Urban Mobility Plans and Master

Plans of these cities. It was possible to carry out a comparative analysis and, later, to relate them to

the effectiveness of implementation and its consequences in the convenience and adoption of

bicycle transport. From the results obtained with the identification of these actions, it is intended to

design proposals that will contribute to the elaboration of strategies that encourage alternative modes

of transportation.

Keywords:

Active mobility; bikes; public policies; cycle paths

1. INTRODUÇÃO

O uso da bicicleta como modal de transporte urbano tem despertado o interesse de planejadores

urbanos e gestores públicos pela sua potencialidade na mitigação de diversos problemas urbanos,

ligados, principalmente, à mobilidade urbana e qualidade do ar. Grande parte dos referidos

problemas pode ser atribuído ao intenso uso de transporte motorizado individual nos deslocamentos

diários e suas consequências, como a emissão de gases poluentes, a alta demanda por espaço

público viário e a insegurança causada à população que se desloca à pé ou de bicicleta (PUCHER

E BUEHLER, 2008; PUCHER E DIJKSTRA, 2003). Nesse contexto, percebendo a

insustentabilidade do modelo urbanístico baseado no uso de automóveis, diversas municipalidades

têm adotado diretrizes e ações de fomento à mobilidade ativa, em detrimento de transportes

motorizados, formalizadas em agendas de sustentabilidade urbana de ordem mais abrangente,

envolvendo, além de mobilidade, a questão da habitação, saneamento e infraestrutura.

Na adoção de planos e estratégias que promovam hábitos saudáveis nos deslocamentos urbanos,

Hull e O’Holleran (2014) apontam que países como Dinamarca, Holanda e Alemanha tem se

destacado na implementação de eficientes conjuntos de políticas públicas e infraestruturas para

fomento à mobilidade ativa e, principalmente ao uso da bicicleta. Estudos demonstram que a alta

efetividade dessa atuação pública provém de um conjunto de medidas para garantir a segurança,

conforto e atratividade do ciclismo urbano, provendo infraestrutura cicloviária (pistas e

estacionamentos) integrada ao transporte público, concedendo-lhe a prioridade sobre veículos

motorizados em interseções, além de promover campanhas de incentivo à adoção desse modal

(Bertolini & le Clerq, 2003; Hull, 2010). Nesse mesmo contexto, também são implementadas

medidas que restringem e/ou diminuam a conveniência do uso de automóveis, dentre as quais

pode-se citar a criação de taxas ligadas ao seu uso, assim como restrições espaciais.

O estudo destes fatores, oriundos da implementação das políticas públicas, é de grande relevância

para analisar a efetividade no aumento da utilização da bicicleta. Pucher e Buehler (2008)

demonstram que a oferta de infraestrutura cicloviária é a causa do sucesso das políticas pró-

bicicleta em países como Dinamarca, Holanda e Alemanha, tornando o uso desse meio de

transporte seguro e atrativo para todas as faixas etárias e níveis de habilidade. Nesse contexto,

esse trabalho busca analisar como as políticas públicas de fomento aos deslocamentos de bicicleta

resultam em infraestrutura e conveniências para o ciclismo, utilizando as cidades de Nantes e

Copenhagen como estudo de caso. A escolha das cidades justifica-se pelos similares índices de

infraestrutura cicloviária, densidades construídas semelhantes, e também por se tratar de duas

cidades laureadas com o Prêmio de Capital Verde Europeia, o qual reconhece e premia esforços

para aprimorar o meio ambiente, a economia e a qualidade de vida nas cidades (COMISSÃO

EUROPEIA, 2016). Nesse mesmo sentido, também busca-se compreender os fatores que