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cities that have a network of shared bicycles, in order to evaluate how this system influences
sustainable urban development, taking into account environmental, social and economic aspects.
Moreover, it aims to identify the difficulties of implantation and acceptance by the population. The
method used was the development of a preliminary diagnosis of the bicycle sharing system of the
city of Passo Fundo and subsequent analysis of international case studies in the literature for
complementation and comparison. The results show that, although the system has been recently
implemented, a considerable number of trips were already made in the Brazilian city, and an increase
of local population accessibility, since the system is completely free. It was also possible to identify
the initial difficulties in implementing the system, such as a large number of stolen bikes since the
beginning of its operation. With this study, it was possible to conclude that initiatives that promote
active mobility, such as bicycle sharing, tend to generate numerous positive impacts and
improvements in urban mobility, health of its inhabitants and city image, which becomes more
dynamic and modern.
Keywords:
Sustainable development; Active mobility; Bicycle sharing; Passo Fundo.
1. INTRODUÇÃO
O termo sustentabilidade vem sendo utilizado em inúmeras áreas com distintos conceitos. No
contexto da mobilidade urbana também é possível verificar a utilização deste termo, ou seja, a
sustentabilidade pode ser alcançada na mobilidade desde que a mesma proporcione acesso
eficiente e igualitário para a sociedade aos espaços urbanos (CAMPOS, 2006).
Neste sentido, há um elevado esforço por parte dos pensadores e corpo técnico das cidades para
incentivar novas modalidades de transporte, pois sabe-se que os atuais padrões de deslocamentos
geram uma série de adversidades como congestionamentos, acidentes, problemas de saúde,
sedentarismo, alterações climáticas, poluição sonora e do ar dentre outras (UNITED NATIONS
HABITAT, 2013).
Neste contexto, dentre as diferentes modalidades de transporte que vêm sendo incentivadas, a
caminhada e o ciclismo, também conhecidos como mobilidade ativa ou não motorizada vem
ganhando destaque em inúmeros locais. São modalidades de deslocamentos que geram menos
impactos ao ambiente, são mais acessíveis para a população e mais econômicos se comparados
ao transporte particular ou coletivo, abrangendo os três aspectos da sustentabilidade: ambiental,
econômico e social. Estas modalidades utilizam menos espaços nas cidades, não necessitam de
combustíveis, não produzem ruído e causam uma série de efeitos positivos na saúde pública, além
de reduzirem congestionamentos e acidentes de trânsito (BUEHLER; PUCHER, 2012).
Este estudo destacará uma destas alternativas de mobilidade: o uso da bicicleta. Mais precisamente
os sistemas urbanos de compartilhamento de bicicletas, que podem ser entendidos como um
conjunto de estações estrategicamente posicionadas na cidade, onde a população pode retirar uma
bicicleta para realizar suas viagens e devolvê-la na estação desejada (DEMAIO, 2009).
A primeira experiência de implantação das bicicletas compartilhadas ocorreu em 1965, na cidade
de Amsterdã, nos Países Baixos, com o objetivo de diminuir o tráfego de automóveis. A proposta
era distribuir 20.000 bicicletas na cidade, que foi inicialmente rejeitada pelo poder local. No entanto,
apoiadores da ideia decidiram distribuir 50 bicicletas, que logo em seguida foram recolhidas pela
polícia local, que alegava que tais bicicletas incitavam furtos. Apesar do insucesso da iniciativa em
Amsterdã, a ideia começou a ser replicada e bem aceita em inúmeras cidades da Europa. Na cidade
de Copenhague foram implementadas melhorias no funcionamento do sistema para reduzir os
casos de furto, uma das maiores dificuldades enfrentadas naquele momento. Esta fase de
implantação ficou conhecida como a segunda geração dos sistemas de bicicletas compartilhadas.
Já a chamada terceira geração foi desenvolvida em 1998 na cidade de Rennes, na França. Ela foi