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Figura 12:

Vaga Viva com duração de dois dias realizada pela arquiteta Aline Barata, Gávea, Rio de

Janeiro.

Figura 13:

Park(ing) Day 2016, instalação realizada pelo Laboratório de Intervenções

Temporárias e Urbanismo Tático (LabIT/UFRJ), Laranjeiras, Rio de Janeiro.

Fonte: Aline Barata, 2016.

Essas extensões da calçada promovem o uso do espaço público de forma democrática e permitem

que a comunidade construa seu próprio espaço de convívio, mesmo que temporariamente.

Algumas intervenções podem permanecer por horas, dias, meses ou anos, dependendo da ação.

Este é um movimento que teve início em São Francisco, EUA e objetiva denunciar a grande oferta

de espaços dedicados aos automóveis e incentivar a apropriação da cidade e a participação

social. É importante destacar que nas últimas décadas algumas cidades brasileiras formalizaram

a permissão de vagas vivas em forma de decreto, como São Paulo, Rio de Janeiro, entre outras,

estimulando o uso do espaço urbano para as pessoas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em vista do que foi colocado em discussão no presente artigo é possível reconhecer o potencial do

Urbanismo Tático em encorajar o Transporte Ativo evidenciando possibilidades de transformação

do espaço urbano através de iniciativas táticas. Os exemplos abordados nesse artigo se relevam

como convites e incentivos a modos de vida urbanos mais sustentáveis promovendo a proteção e

priorização dos modais de transporte à propulsão humana, e maior oferta de oportunidades para as

pessoas se apropriarem dos espaços públicos da cidade.

A partir das experiências táticas elencadas nesse trabalho, identificamos diferentes graus de

eficácia e podemos considerar as ações Fase 0 como as de maior impacto em relação às iniciativas

temporárias, quando nos referimos ao encorajamento do Transporte Ativo. Identificamos também

que as iniciativas táticas que se configuram como fase experimental, projetos pilotos e experiências

na escala humana podem ser combinadas e conectadas à macro estratégias, configurando

impactos duradouros, como rede de praças, ciclovias, entre outras.

Reconhecemos que a participação social tem papel importante nas experiências táticas, e há muito

que se refletir sobre a valorização do Transporte Ativo no Brasil e pesquisar sobre as possibilidades

de atuação no Urbanismo Tático, de forma a incluir cada vez mais essas ações nas políticas

públicas. No entanto, é importante destacar experiências e desejos que indicam o desenvolvimento

dessas questões, mesmo que ainda embrionários.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE. V., et al.

Transforming Vestergade Vest into a Ludic and Shared-Use Space

. In:

Musings – an urban design anthology. Aalborg: Aalborg University Press, 2012.