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alegou possuir algum tipo de deficiência, obtivemos destaque para a mobilidade reduzida, seguida
de da deficiência auditiva e visual.
É importante observar, no entanto, a notória diferença entre a percepção do usuário sem deficiência
e da pessoa com alguma condição limitadora de mobilidade. Obstáculos que não são percebidos
pelo primeiro grupo apresentam-se extremamente limitadores para o segundo. Isso pode ser
observado no Gráfico 2, que apresenta um comparativo entre as respostas de pessoas que
declararam ter alguma deficiência e as que declararam não possuir ao serem questionadas sobre
a qualidade dos acessos e da utilização das principais edificações de uso comum do
campus
(Reitoria, Restaurante Universitário, Biblioteca Central, bancos, Centro de Vivência, Teatro
Universitário). É possível perceber que, para os respondentes do primeiro grupo, as condições de
acessibilidade das edificações listadas foram avaliadas como de nível médio ou ruim. Porém, para
a maioria das pessoas que não apresentam qualquer deficiência, os acessos e utilização dos
edifícios foram considerados como bons.
Gráfico 2.
Comparativo da avaliação do acesso e utilização das principais edificações do
campus
.
Os usuários concordam no que diz respeito aos acessos ao
campus
. 89% dos entrevistados
consideraram esse item ótimo ou bom na pesquisa. O mesmo não pode ser dito da sinalização
viária e informativa. Ao serem questionados sobre esse item, 66% dos entrevistados consideram a
mesma ruim ou média, o que demonstra grande dificuldade de localização interna dentro do espaço
universitário.
Foi também enfatizado nos resultados da pesquisa com os usuários a importância da eliminação
das barreiras gerada pelas atitudes e comportamento dos indivíduos, e que impedem o acesso a
algum local ou o trânsito livre pelos trajetos. Isso ocorre nem sempre de forma intencional, como
por exemplo, quando alguém amarra uma bicicleta no corrimão da rampa, mas pode ocorrer de
modo premeditado, caracterizado quando alguém estaciona na vaga reservada para deficientes
(Figura 5).
Figura 5.
Exemplo de barreiras geradas pelo comportamento dos usuários.
Fonte: As autoras.