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1831

O primeiro Plano Diretor Físico (PDF) do

Campus

Alaor de Queiroz Araújo, datado de 1977, teve

como objetivo ordenar a expansão dos espaços construídos da Universidade, estabelecendo

critérios e parâmetros para seu desenvolvimento, bem como a disponibilidade de áreas e a

infraestrutura necessária de acordo com o uso e ocupação do solo. No entanto, com o passar dos

anos, as construções foram implantadas fora do planejamento e dos parâmetros estabelecidos.

Com o programa de Expansão das Universidades Federais (Reuni), instituído pelo Decreto nº

6.096/2007, a Universidade estimou um incremento de 20% na sua área construída em apenas 5

anos, o que reforçou a necessidade de elaboração de um novo Plano Diretor. Foi desenvolvida uma

nova versão no ano de 2008, passando a orientar sobre as novas construções e intervenções a

serem realizadas, incluindo os edifícios previstos no Reuni. Em 2015 iniciou-se uma nova revisão

do PDF, de modo a adequar-se ao Plano Diretor Urbano da Cidade de Vitória, bem como às

necessidades geradas em função da construção e ampliação de edificações e novas demandas de

espaço físico.

Dessa forma, necessitou-se desenvolver Planos Complementares, tratando de assuntos que até

então não tinham sido trabalhados. Diante disso e da urgência em se debater o tema e implementar

ações efetivas de acessibilidade dentro da Ufes, definiu-se como prioritário o desenvolvimento do

Plano Complementar de Acessibilidade para o

campus

Goiabeiras, com o objetivo de tornar a Ufes

uma instituição inclusiva e diversa, capaz de garantir a integração de pessoas com deficiência à

vida acadêmica, de acordo com as diretrizes do seu Plano Diretor Institucional (UFES, 2015).

Como parte desse plano, a presente pesquisa buscou identificar barreiras arquitetônicas existentes

nos trajetos do

campus

, com o objetivo de subsidiar estratégias de melhoria da qualidade de vida e

acessibilidade dos espaços. Trata-se de um mapeamento, uma vez que não existia estudo prévio

sobre o nível de dificuldade e barreiras arquitetônicas existentes. A proposta é de que, no futuro, o

mesmo diagnóstico seja realizado para os demais

campi

e para as edificações em geral.

2. OBJETIVO

O sistema de circulação de pedestres representa importante parcela do ambiente construído e é

grande responsável pelo deslocamento dentro da Universidade, fundamental à mobilidade. Nesse

sentido, os passeios e passarelas são importantes elementos de circulação. O objetivo desta

pesquisa foi avaliar e categorizar as passagens externas às edificações e os acessos ao

campus

Goiabeiras/Ufes, a fim de embasar propostas de intervenção e diretrizes que assegurem a

acessibilidade.

Acredita-se que a dificuldade de acesso e deslocamento desestimula as pessoas com dificuldade

de locomoção a ingressar ou permanecer na universidade. Além disso, entende-se que a

acessibilidade no espaço construído atua como um sistema de inclusão, afim de tornar o espaço

para os indivíduos mais autônomos, independentes e seguros. Esses são os princípios que regem

o conceito de desenho universal e a NBR 9050:2015, norma utilizada como referência para o

levantamento técnico e diagnóstico desenvolvidos nessa pesquisa. Assim, testou-se na

metodologia desenvolver soluções visando eliminar barreiras arquitetônicas que impeçam a

acessibilidade plena dos usuários do

Campus

de Goiabeiras da Ufes.

3. MÉTODO DE PESQUISA

O

campus

Alaor de Queiroz Araújo, ou

Campus

Goiabeiras, está localizado no bairro Goiabeiras,

na capital Vitória. Foi criado em 1966, ocupando uma área de 1.565.298,66m², que atualmente

comporta 149.227,61m² construídos, distribuídos em 165 edificações (Figura 1). Estima-se que 22