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responsible for the inclusion and equality of opportunities for all people, irrespective of mobility

limitations, the results contribute to the development of a technical document to adjust and

standardize interventions and new construction for full accessibility, as well as contribute to the

development of the Accessibility Plan for this and other college campi.

Keywords:

accessibility; evaluation; mobility.

1. INTRODUÇÃO

A promoção da acessibilidade ao meio físico permite aos indivíduos interagir com o espaço

construído, garantindo a inclusão e a equiparação de oportunidades para todas as pessoas,

independentemente da existência de limitações de mobilidade. Dentro dessa perspectiva inclusiva,

as instituições de ensino possuem papel relevante na garantia de igualdade nas condições de

acesso e permanência.

As universidades se configuram como espaços de produção de conhecimento e sociabilização. Para

Mazzoni (2001), a Universidade é considerada um espaço privilegiado para que ocorra a

acessibilidade, uma vez que envolve a formação de distintas categorias de profissionais e,

principalmente, em razão do efeito multiplicador das condições de acessibilidade que adota, pois

funcionam como um modelo para outras instituições de ensino. No entanto, alguns

campi

ainda

possuem locais inacessíveis a uma grande parcela da população, cujo uso é dificultado pela

presença de inúmeras barreiras, sejam elas arquitetônicas, de comunicação ou atitudinais.

A discussão sobre inclusão nos espaços públicos de ensino vem sendo intensificada e ganhando

espaço desde a década de 80 do século passado. O Decreto nº 5.296/2004, que regulamenta a Lei

nº 10.048/2000 e a Lei nº 10.098/2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a

promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Mais recentemente, a Lei nº 13.146/2015 estabeleceu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, com

o objetivo de assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das

liberdades fundamentais ao deficiente, visando a sua inclusão social e cidadania (BRASIL, 2015).

O Estatuto inclui na sua redação os valores de independência, participação social e igualdade de

oportunidades.

Segundo o IBGE (2010), 23,9% da população brasileira possuem ao menos um tipo de deficiência,

podendo ser visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. A tendência é de que, cada vez mais,

esses indivíduos passem a ingressar no ensino superior. Dados do Censo Escolar (PORTAL

BRASIL, 2012) demonstram que a quantidade de matrículas de pessoas com deficiência na

educação superior aumentou 933,6% entre 2000 e 2010. E as instituições de ensino ainda não

possuem estrutura de acessibilidade para receber esses estudantes de forma plena.

No âmbito da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a abordagem da acessibilidade vem

sendo feita de forma fragmentada, e essas ações pontuais não são capazes de atender de forma

satisfatória e rápida às demandas apresentadas. Para Santos et al. (2015), uma resposta efetiva

requer um planejamento de ações intensivas. As ações não devem trazer benefícios isolados, mas

devem estar envolvidas numa coordenação sistemática de planejamento estratégico. Dentro dessa

perspectiva, a Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Proplan) incluiu em

suas demandas a necessidade do desenvolvimento do Plano de Acessibilidade do

Camp

us,

enquanto Plano Complementar do Plano Diretor Físico, buscando traçar estratégias e ações em

acessibilidade que atenda a comunidade universitária, tendo em vista que a Ufes apresenta

aproximadamente 145 pessoas com algum tipo de deficiência, dentre eles 123 discentes e 22

servidores.