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dados de registro (descrição e localização) até dados técnicos observados em cada percurso

(estado de conservação da estrutura e do piso, adequação da largura, segurança, existência de

rampas e escadas, barreiras ambientais, existência de piso tátil direcional ou de alerta, entre outros

itens).

A partir das observações, foi possível agrupar os percursos de acordo com a quantidade de

alterações necessárias para torná-los adequados, classificando-os da seguinte forma:

A.

Adequado:

Percursos que apresentaram boa infraestrutura segundo a norma NBR

9050:2015, como a largura mínima, piso nivelado e antiderrapante, além de rampas e

escadas adequadas ao uso, mesmo que em alguns casos fosse necessárias pequenas

ações de manutenção;

B.

Parcialmente adequado

:

Aqueles que carecem de pouca manutenção, como colocação de

piso tátil direcional / alerta, rampas, troca do piso tátil existente para cores contrastantes,

retirada de barreiras ambientais, poda de árvores ou remoção de entulhos, etc;

C.

Inadequado

:

Passeios com péssimas condições de infraestrutura, que necessitem de

grandes modificações como reconstrução total, alteração da largura, troca do piso atual,

reconstrução de rampas e escadas, colocação de sinalização vertical e horizontal, entre

outros.

3.2 Aferição da satisfação do usuário através da aplicação de questionários

A segunda etapa da APO envolveu a aplicação de questionário aos usuários do

campus

, na

expectativa de somar percepções subjetivas e avaliação valorativa dos percursos por eles

frequentados.

Em um primeiro momento, a pesquisa pretendia buscar informações apenas junto às pessoas com

deficiência declarada, que exerciam atividades dentro do

campus

. Ainda que a identificação dessa

real demanda justifique a necessidade de elaboração de estudos que levem a Ufes à condição

adequada de acessibilidade, avaliou-se que o envolvimento dos usuários no processo de

diagnóstico, além de permitir a identificação de aspectos não perceptíveis na avaliação técnica,

ainda possibilitam a construção participativa e colaborativa nas soluções (ELY, 2001). Dessa forma,

optou-se por ampliar o grupo de pesquisa para todos os usuários do

campus

, independente do meio

de locomoção ou vínculo formal, mas que utilizem as calçadas.

O questionário foi aplicado a 160 pessoas e contou com a participação tanto de representantes da

comunidade acadêmica quanto do público externo que também frequenta a universidade. Sua

estrutura foi desenvolvida a partir de questões objetivas, que buscavam identificar o perfil do

respondente e avaliar aspectos como sinalização, condição dos acessos, pavimentação, existência

de obstáculos, condições e declividade de rampas e o conforto percebido ao longo dos trajetos mais

utilizados. Verificou-se também as condições de acesso e atendimento especial, quando

necessário, nas principais edificações de uso comum.

O questionário foi aplicado em horários variados, ou seja: pela manhã, por volta das 9h; próximo ao

intervalo do almoço, entre 12h e 13h; e na parte da tarde, geralmente por volta das 16h, que são os

períodos de maior movimentação na Universidade.

Este instrumento de avaliação permitiu verificar como o usuário qualifica o sistema de circulação de

pedestres no

campus

e estabelecer um comparativo entre o observado pelo olhar técnico e a

percepção do usuário.