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normas específicas, implantação de sinalização horizontal e vertical e infraestrutura inadequada,
são apenas alguns dos problemas identificados.
Os percursos classificados como de muita intervenção são, em sua maioria, os de maior utilização,
seja por ligarem edificações de uso comum ou por proporcionarem acesso à centros educacionais.
O estudo revelou que ao longo de todo o anel viário, não há locais para travessia de pedestres ou
ciclistas adequados, informação reforçada pelos respondentes dos questionários. O piso da pista
de veículos, por exemplo, é extremamente irregular e não existem rebaixos de meio-fio nas calçadas
para travessia das ruas. O mesmo ocorre nos acessos às áreas de estacionamento que
interrompem os passeios. Isso faz com que os cadeirantes sejam obrigados a se deslocarem
através de percursos mais longos (Figura 3).
Figura 3.
Exemplo da transição das calçadas nos acessos aos estacionamentos com inadequações.
Fonte: As autoras.
Algumas iniciativas para promover a acessibilidade aos edifícios podem ser encontradas de maneira
pontual, todavia, ainda restam muitas adequações e reformulações físicas a serem realizadas
dentro do
campus
, tornando a Ufes um espaço de inclusão.
Considerando a extensão dos resultados obtidos, dado o tamanho da amostra, não foi possível
descrevê-los individual e detalhadamente neste artigo. No entanto, destaca-se que, a partir dos
principais acessos de pedestres do
campus
, não é possível alcançar nenhuma das edificações de
forma plenamente acessível de acordo com as diretrizes estabelecidas pela NBR 9050 (Figura 4).
Figura 4.
Exemplo de rampas inadequadas nos acessos e percursos de pedestres, conforme a NBR 9050.
Fonte: As autoras.
A segunda etapa da metodologia – aferição da satisfação do usuário através da aplicação de
questionários – nos trouxe informações importantes para a definição de estratégias de ação em
nível institucional. Apesar das respostas não terem sido aplicadas diretamente na construção do
mapa, uma vez que o entrevistado respondia apenas em relação ao seu trecho de utilização mais
frequente, as mesmas serviram para confirmar dados identificados no levantamento.
Ao analisar o perfil do usuário, foi possível observar que a maioria dos entrevistados eram do sexo
feminino, com idade entre 17 a 22 anos e que não possuíam deficiência. Na pequena parcela que