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ARE (cf. Ribas, 1988; Faria, 1996) os instrumentos para estabelecer um novo procedimento de

investigação. Importa inicialmente esclarecer, que os dois eixos de análise já mencionados, derivam

de uma vasta pesquisa bibliográfica acerca dos temas forma urbana e mobilidade urbana (cf. Gentil,

2015), onde foi possível estabelecer possíveis variáveis da forma urbana que poderiam impactar o

sistema de transporte e/ou a mobilidade urbana. A estrutura em eixos de análise com grupos de

variáveis ficou definida conforme a Tabela 1:

Tabela 1: Variáveis e eixos de análise. Fonte: Gentil, (2015).

Eixo de Análise I: forma urbana

Eixo de Análise II: transporte e circulação

Característica da densidade

Característica do uso do solo urbano

Continuidade (redução de vazios)

Características do desenho urbano

(conectividade e acessibilidade do

sistema viário)

Extensão da rede de transporte público

Acessibilidade ao transporte público (cobertura do

transporte público)

Vias para pedestres

Extensão e conectividade de ciclovias.

A combinação dos dois eixos de análise demonstrará áreas urbanas com maior e menor potencial

para mobilidade sustentável. Em função disso, é feita a agregação dos indicadores dispostos nos

eixos de análise. A agregação é necessária já que, ao serem analisadas as condições da mobilidade

urbana, torna-se importante a avaliação conjunta de elementos que possam potencializar a

mobilidade sustentável e não a análise isolada de cada variável, em qualquer dos eixos. O conceito

de potencial está relacionado com a provável (e não certa) indicação de espaços mais favoráveis à

mobilidade sustentável.

Os passos metodológicos do

PAE

são:

i. Decomposição dos dois eixos de análise: sistema “Forma Urbana” e “Transporte e Circulação” em

subsistemas independentes, embora inter-relacionados;

ii. Agregação das variáveis do Eixo de Análise I e II para definir a “Árvore de Avaliação Forma

Urbana” e “Árvore de Avaliação dos elementos de transporte e circulação”;

iv. Por meio da composição de uma matriz, são verificadas as combinações para todos os níveis de

análise existentes nas árvores gerando a grandeza agregada “Potencial de Mobilidade Sustentável”;

Por meio dos resultados obtidos é possível estabelece medidas de controle para cada nível de

análise observado na matriz de agregação.

A agregação das variáveis é formulada por meio de um diagrama, tipo “árvore”, em que são

definidos os níveis qualitativos e quantitativos para os Eixos de Análise I e II, respectivamente

“Forma Urbana” e “Transporte e Circulação”. Posteriormente, o resultado é espacializado,

utilizando-se a técnica de superposição de informações. Na leitura das árvores de avaliação tem-

se uma hierarquia das variáveis dispostas em cada eixo que é estabelecida, considerando a variável

mais importante que vem em primeiro lugar.

A articulação das árvores de avaliação levará a um mapa da área urbana analisada, que será

chamado de “

Mapa Potencial da Mobilidade Sustentável

". O mapa potencial da mobilidade

sustentável vai indicar os espaços mais favoráveis à mobilidade sustentável de determinada área

urbana considerando as variáveis analisadas conforme mostra a Figura1.