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1843

liberdade de desenvolver o arranjo hierárquico da árvore de avaliação conforme seu entendimento

teórico sobre as variáveis, as características da área urbana em questão e experiência no assunto.

Isso confere ao

PAE

certa flexibilidade, nesta etapa, contam a experiência do planejador e também

o objetivo que se pretende alcançar. A matriz de agregação também segue essa lógica.

Neste artigo serão apresentadas as arvores de avaliação dos dois eixos de análise e matriz de

agregação, importa saber, que esse método foi aplicado em Goiânia-GO com resultados relevantes,

entretanto esta etapa não está contemplada neste trabalho, mas pode ser consultada em Gentil,

2015.

3. MÉTODO

PAE

PARA ANÁLISE DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

Foram elaboradas árvores de avaliação e matriz de agregação durante a pesquisa considerando

todas as variáveis que iriam compor os eixos de análise Forma Urbana e Transporte e Circulação.

As escalas de avaliação foram desenvolvidas com base nos trabalhos de Costa (2008) e Medeiros

(2013) conforme já mencionado no item anterior. A proposta da árvore Forma Urbana levou em

consideração três aspectos: i. Hierarquia das variáveis na árvore: A escolha da densidade urbana

como elemento preponderante na hierarquia deu-se pelo fato de que, ao analisar o referencial

teórico sobre o tema, a variável aparece como elemento que traz implicações significativas para o

planejamento e desenho urbano. Conforme destacam Acioly e Davidson (1998), “

as intervenções

urbanas e projetos habitacionais que pretendam inserir princípios de desenvolvimento sustentável

demandam atenção especial para o planejamento físico espacial, dentro do qual a densidade ocupa

uma posição de destaque”.

Na sequência, tem-se uso do solo urbano, vazios urbanos e desenho

urbano. A decisão, em relação a essa hierarquia pode variar de acordo com experiência e

perspectivas do grupo que irá avaliar a área em questão, neste caso, as considerações recaíram

sobre o referencial teórico explorado na tese (cf. Gentil, 2015). ii. Operadores lógicos (álgebra

booleana): os operadores lógicos utilizados na árvore foram “e/ou”, conforme mostra a Figura 2

onde é possível visualizar um dos caminhos em destaque na árvore de avaliação; e eles servem

para agregar as variáveis dispostas no eixo de análise forma urbana. O operador “OU” é conhecido

como adição lógica e o operador “E” como produto lógico. Para compreender a função dos

operadores lógicos, primeiro é importante verificar que a árvore possibilita que sejam percorridos

vários caminhos, e estes levarão para um nível de desempenho que pode varia, neste caso de I a

IV (menor ao maior desempenho). Pode-se fazer a leitura da árvore proposta da seguinte forma:

densidade populacional (1) OU (2), supondo que a avaliação desta variável esteja no nível 2, segue-

se para análise da próxima variável, “E”

Uso do Solo Urbano

que oferece três possibilidades (1)

OU (2) OU (3) “E”

Vazios Urbanos

que oferece três possibilidades (1) OU (2) OU (3), até se chegar

no último nível “E”

Desenho Urbano

que também oferece três possibilidade (1) OU (2) OU (3),

levando para quatro níveis de desempenho (I) OU (II) OU (III) OU (IV). Pela leitura do diagrama

tem-se um caminho que está em destaque conforme mostra a Figura 2. A análise deste caminho

pode ser feita da seguinte forma, tem-se que a combinação de Densidade populacional no nível (2),

“E” Uso Solo Urbano no nível (1) “E” Vazios Urbanos no nível (2) “E” Desenho Urbano no nível (1),

levam para um nível de desempenho “II” em relação a forma urbana. Pelo prosseguimento da leitura

do diagrama tem-se que a situação de menor desempenho em relação a mobilidade sustentável

encontra-se em áreas com baixa densidade, pouco incentivo ao uso misto, grande quantidade de

vazios e um desenho urbano caracterizado por eixos com menor potencial de integração, isto é,

malha viária pouco acessível, o contrário se verifica em relação a área com maior desempenho.

Importa saber que existem outros caminhos que podem ser percorridas, todos dependerão da

avaliação individual para cada variável proposta na árvore. iii. Elaboração da proposta das árvores: