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quantidade de argila calcinada empregada, que é de 15%, a diferença de atividade pozolânica por
esse método é menos significativa entre as temperaturas de queima. Para 35% de argila calcinada
na mistura, a diferença é mais representativa, visto que os pontos das distintas temperaturas estão
mais distantes entre si. A partir disto também se afirma que os resíduos calcinados com 650ºC e
750ºC mostram desempenho superior sob a perspectiva de potencial pozolânico desse novo tipo
de cimento, quando empregados em 35% na mistura.
Figura 4.
Atividade pozolânica dos LC
3
segundo a ABNT NBR 5753:2016
5. CONCLUSÃO
A partir da composição química dos resíduos diz-se que em todas as condições de processamento
da cerâmica vermelha empregadas neste trabalho os resíduos são classificados como pozolanas
de classe N, segundo a ABNT NBR 12653:2014.
As áreas superficiais específicas não apresentam valores esperados, visto que o tamanho das
partículas com o incremento de temperatura de calcinação diminuem e suas áreas superficiais
específicas também diminuem, comportamento atípico para esta propriedade.
Sendo os resíduos processados até 850ºC de temperatura de queima, tanto na indústria quanto em
laboratório, para as condições estabelecidas nesta pesquisa, o IAP é superior aos 90% exigidos.
Isso mostra significativo potencial de aplicação frente à alternativa de substituição parcial do RCV
por Cimento Portland.
São necessários mais estudos no que diz respeito ao LC
3
, entretanto, a partir do ensaio do método
de Fratini para potencial pozolânico de cimentos, esse material apresentou-se como um cimento
pozolânico em todas as misturas propostas e temperaturas de calcinação deste trabalho, seguindo
o CPIV 32 utilizado como referência.
Estando inserido no contexto da necessidade da redução de emissões de CO
2
provenientes da
produção do Cimento Portland, tanto como substituição parcial a este cimento como na produção
do LC
3,
o resíduo de cerâmica vermelha apresenta-se como uma alternativa sustentável de redução
do emprego do Cimento Portland no mercado da construção civil.
Tendo em vista que o objetivo do trabalho é avaliar o desempenho do RCV para a produção de
cimentos de baixa emissão de CO
2
, pode-se dizer que, o mesmo, apresenta potencial e resultados
positivos quanto à sua utilização. Além dos aspectos técnicos positivos, o RCV apresenta benefícios
ambientais e sócio-econômicos, uma vez que, se trata de um resíduo gerado pela indústria cerâmica