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974

Tabela 4.

Tamanho das partículas dos resíduos

Característica

RCV

RCVPL

650

RCVPL

750

RCVPL

850

RCVPL

950

Diâmetro < 50%

(µm)

52,43

46,99

50,15

20,41

24,67

Diâmetro médio

(µm)

53,36

45,67

53,16

22,05

24,80

4.2 POZOLANICIDADE

O RCV é classificado como uma pozolana de classe N e observa-se, da sua composição química,

que a soma de SiO

2

+ Al

2

O

3

+ Fe

2

O

3

de 91,72% do total, é superior à 70%, valor mínimo exigido

pela ABNT NBR 12653 (ABNT, 2014) para este tipo de pozolana. Os resíduos processados em

laboratório, nas 4 temperaturas, apresentaram na soma desses óxidos os valores de 86,83% para

650ºC de temperatura de queima, 86,89% para 750ºC, 86% para 850ºC e 82,67% para 950ºC, todos

acima do limite exigido para esta classificação de pozolana. Além disso, o valor máximo de perda

ao fogo admitido é 10%, enquanto que o valor obtido é de 2,54% para o RCV e máximo de 1,87%

para os RCVPL. A Figura 3 mostra os índices de atividade pozolânica (IAP) dos resíduos avaliados,

sendo que o RCV apresentou índice de atividade pozolânica de 112%, superando o limite de 90%.

Percebe-se ainda, que com o aumento da temperatura de calcinação o IAP decresce, chegando a

perda de 27% aos 950ºC em relação aos 650ºC.

Com base no ensaio de pozolanicidade (resultados de resistência à compressão), que consiste na

substituição de 25% de cimento por material pozolânico, pode verificar que o RCV apresenta

potencial para ser utilizado como material alternativo, em substituição parcial ao cimento Portland.

Isso porque, superou o limite estabelecido por norma e atingiu resistência superior à amostra de

referência, evidenciando seu potencial.

Figura 3.

Índice de atividade pozolânica dos resíduos segundo a ABNT NBR 5752:2014

4.3 POTENCIAL POZOLÂNICO DO LC

3

A avaliação do potencial pozolânico do LC

3

pelo método de Fratini expressa um resultado pela

alcalinidade total e o teor em óxido de cálcio, sendo marcado sobre o diagrama de atividade

pozolânica o ponto representativo do teor em óxido de cálcio em função da alcalinidade total. O LC

3

pode ser considerado como pozolânico se o ponto estiver situado abaixo da isoterma de

solubilidade. A Figura 4 apresenta o diagrama de atividade pozolânica dos LC

3

produzidos com o

RCVPL, nos 3 diferentes proporcionamentos e nas 4 temperaturas de calcinação do resíduo. Mostra

ainda os materiais de referência adotados. Percebe-se que nas misturas do LC

3

com menor