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A residência padrão do Residencial Jabaeté possui 39m² e é implantada em um lote de 125m².

Dentro da residência, todo sistema hidráulico está concentrado na parede que separa a cozinha do

banheiro, além da laje desse último cômodo - onde fica posicionada a caixa d’água. Todas as

alterações propostas nessa área da casa foram padronizadas e repetem-se em todas as outras

residências, independente do tipo sistema de reúso adotado.

Cálculo do Potencial de Reúso de Água Cinza

- O potencial de reúso leva em consideração a

quantidade de água cinza produzida e a demanda de água de reúso necessária para as atividades

domésticas que possam usar esse tipo de efluente. Nesse trabalho considerou-se a demanda para

atendimento do uso da bacia sanitária, limpeza de área impermeabilizada de pisos e rega de jardim.

Esse cálculo foi feito com base nos dados obtidos no estudo de monitoramento diário do consumo

de água em cada ponto hidráulico das habitações de interesse social do Residencial Jabaeté.

Estratégias para implantação do Reúso de Água Cinza

- Foram duas opções de implantação da

prática de reúso: o sistema descentralizado e o semi-descentralizado. A diferença entre os dois está

na forma de captação e redistribuição da água a ser reutilizada, sendo ela individual, por unidade

habitacional, no caso do descentralizado; e coletiva, reunindo um conjunto de casas, no caso do

semi-descentralizado. O tipo de sistema de tratamento adotado foi um Filtro anaeróbio seguido por

um wetland horizontal (Knupp, 2012).

Sistemas descentralizados – Reúso Local

- Apenas o espaço físico da residência e seu lote foi

considerado como área disponível para a implantação do sistema individual de reúso de água. Por

meio desse dado, do sistema hidráulico padrão e das características dos moradores (número médio

de pessoas por residência, consumo diário per capita médio de água, estimativa de produção de

água cinza e da demanda de água de reúso para fins não potáveis pré-determinados), dimensionou-

se o sistema, posicionou-se os reservatórios e as intervenções hidráulicas, entre outras ações.

Sistemas semi-descentralizados – Reúso Coletivo

-No caso de sistemas que reúnem duas ou

mais residências mantêm-se as modificações internas das tubulações de água também propostas

no caso de sistema totalmente descentralizado, fazendo com que o projeto sofra modificações

somente a partir da etapa de condução e armazenamento de água cinza produzida pelas unidades

habitacionais em conjunto, o dimensionamento do sistema de tratamento coletivo e o sistema de

distribuição da água tratada para reúso nas mesmas residências. Além dos critérios de comparação

entre as duas alternativas desenvolvidas pela pesquisa (aceitabilidade e custo) têm-se também:

complexidade operacional, área de implantação, eficiência de tratamento e impacto visual.

Dimensionamento

- No cálculo de potencial de reúso, espera-se que a produção de água cinza

supere a demanda por água de reúso, o que deve ser considerado no dimensionamento do sistema,

prevendo tratamento para a fração correspondente à demanda por água de reúso e descarte da

água cinza excedente (GONÇALVES et. al., 2006). Os volumes mínimos dos tanques do FAN e do

Wetland são calculados segundo a Equação 1:

V = Q(AR) x TDH Equação 1

Onde:

V = Volume mínimo do reator (FAN ou Wetland) (m³);

Q(AR) = Vazão da água de reúso a ser tratada (m³/dia);

TDH = Tempo de Detenção Hidráulica (FAN ou Wetland) (dias).

Foram usados os TDHs de 1 dia para o FAN (CEHOP, s/ data) e 2 dias para o wetland (Wood,

1995). Calculados os volumes mínimos, determinam-se as áreas mínimas das bases dos tanques

(Equação 2), cujos cálculos partem das medidas das alturas úteis dos mesmos. Para o FAN, a NBR