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postings on social networks and sites. It is intended to (i) identify the reasons that would lead the
elderly to live in cohousings in Brazil and (ii) to evaluate the importance of physical, psychological
and social factors in this choice, contributing to the broadening of the sustainability approach. A
bibliographic research was carried out and an analysis of content was conducted on Brazilian sites
and groups about cohousing in Facebook with elderly participants interested in this type of housing.
The analysis, made from keywords, identifies aspects of the home meaning: Psychological, Social,
Economic, Material, Temporal and Time-Space. The results indicate the prevalence of motivations
in the material and psychological categories. Psychological motivations are almost as frequent as
materials, emphasizing the importance of the soul dimension of sustainability in improving the quality
of spaces. This seek for psychological protection in the housing environment can be credited to
losses in the physical, cognitive and social insertion capacities of the elderly, resulting in a feeling of
abandonment and loneliness. Women represent more than 80% of testimonials, perhaps reflecting
a quest for independence. This new profile of the elderly helps to understand the growing interest in
alternative housing, especially for cohabitation.
Keywords:
Senior Cohousing, Housing, Sustainable Communities, Sustainability, Active Aging.
1. INTRODUÇÃO
No século XX houve uma aceleração do envelhecimento da população mundial devido a um forte
aumento da expectativa de vida e uma significativa queda da natalidade (JUNIOR, 2009). No Brasil
foi só neste século que se percebeu o aumento tanto do número de idosos quanto da longevidade
média, alterando as pirâmides etárias (JUNIOR, 2009). Essa transição demográfica é responsável
por impactos econômicos, sociais e culturais. Assim, surge o interesse na qualidade de vida dos
idosos e na formação de uma nova imagem social do processo de envelhecimento.
Este processo, em geral, engloba o envelhecimento biológico e físico; o social, os papéis e
expectativas da sociedade; e o psicológico, a adaptação ao processo de envelhecimento (OMS,
2015). É então pertinente a consideração das influências sociais e psicológicas sobre os idosos em
seu ambiente de moradia. A habitação compartilhada vem para suprir algumas perdas e carências
nesse sentido. As
cohousings
são uma forma de habitar baseada em comunidades intencionais,
em busca de qualidade de vida através de ambientes de convívio, compartilhamento e auxílio
mútuo. Assim, essas comunidades vão ao encontro do envelhecimento ativo, como uma solução
habitacional para usuários sênior.
Entretanto, estas comunidades, ainda que não sejam novas, estão em vias de disseminação no
Brasil. Não foram localizados relatos de
cohousings
no país, inviabilizando a existência de estudos
sobre o perfil de seus moradores que possibilitem entender as motivações que levam à busca por
este tipo de habitação. Alguns poucos estudos ligam a sustentabilidade à qualidade do lugar através
da psicologia humana. Assim, pretende-se traçar um perfil dos possíveis futuros usuários idosos
brasileiros das comunidades
cohousing.
1.1. Envelhecimento ativo, o novo perfil do idoso e as redes sociais
Em relação ao processo de envelhecimento, a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015)
reconhece fatores no “Envelhecimento Ativo” que afetam o modo como os indivíduos e as
populações envelhecem (OMS, 2005). A forma como o idoso se vê e é visto pela sociedade está
mudando. O “novo idoso” busca qualidade de vida como parte do envelhecimento ativo, definido
pela OMS (2015) como o “processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e
segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais
velhas”. “Ativo” refere-se a trabalho, capacidades físicas, mas também à participação social,