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Figura 4.

Imagem aérea do projeto

Figura 5

. Esquema aéreo do projeto

Autora: Julia Luna. Orientadora: Liza Andrade Autora: Julia Luna. Orietadora: Liza Andrade

Todos métodos utilizados foram essenciais para a configuração do espaço da Casa de Brincar. O

aprendizado obtido pelo estudo das pedagogias influenciou diretamente nas decisões projetuais e

respaldou a importância da preocupação com o ambiente escolar. Por exemplo, a metodologia

pedagógica da Rede de Escolas Reggio Emilia da Itália tem o entendimento de que cada mente

humana é multidisciplinar e tem o seu próprio método de conhecimento, sua forma de aprender,

neste sentido, a tarefa do educador é a de estimular a expansão do método de cada criança. De

maneira coerente com a proposta, o espaço escolar é construído de modo a favorecer o diálogo e

o conhecimento compartilhado das crianças. Assim, entende-se que o espaço possui um papel

importante na aprendizagem e que os alunos podem absorver ensinamentos através dele, portanto,

os ambientes são projetados de maneira cuidadosa, eles expõem as crianças a uma série de

experiências sensoriais e estimulam seu desenvolvimento saudável, tanto nas construções

escolares quanto no acesso ao exterior.

McLennan (2013) defende no âmbito do espaço urbano o “planejamento centrado na criança”,

considerando que os cidadãos mais importantes e vulneráveis da sociedade são as crianças e que

o projeto desenvolvido para elas é o projeto ideal para todos, assim, se atendemos a necessidades

dos mais vulneráveis, significa que conseguimos atender às necessidades de todos os demais

integrantes da sociedade nas cidades. Ele ressalta que no ambiente projetado para criança

encontra-se o apoio para o desenvolvimento humano, além de maximizar o potencial humano.

Na visão da pedagogia Waldorf é por meio de brincadeiras que as crianças aprendem, absorvem

os ensinamentos, vivem e imitam os comportamentos dos adultos. O ambiente, nesta fase, deve

estimular as mais diversas brincadeiras, a criatividade e liberdade para criar. Por isso, em encontro

ao defendido por este método pedagógico, os espaços internos da Casa de Brincar são

aconchegantes e com ambientes para as atividades em grupo e individuais, e os externos

arborizados, para que as crianças tenham constante contato com a natureza.

As visitas às escolas de Brasília fundamentaram a definição do programa de necessidades,

tamanho dos ambientes e quantidade de alunos e funcionários. O conhecimento de aspectos

técnicos mínimos obrigatórios, como ambientes básicos, áreas e materiais exigidos deu-se através

de cartilhas do Ministério da Educação, mas a determinação de fatores reais e importantes para o

conforto ambiental fundamental em uma instituição de ensino, ocorreu depois da compreensão da

realidade das escolas infantis visitadas.

A aplicação dos padrões espaciais, definidos por Christopher Alexander, Doris Kowaltowski e

McLennan, foi responsável pela incorporação de uma série de elementos presentes no projeto,

desde fatores subjetivos, como o desenvolvimento de um estilo arquitetônico compatível com os

valores da escola, até aspectos pontuais como a escolha dos brinquedos instalados e o terraço-

jardim. Resoluções determinantes para a configuração espacial do projeto, como optar por desenhar