532
Figura 4.
Imagem aérea do projeto
Figura 5
. Esquema aéreo do projeto
Autora: Julia Luna. Orientadora: Liza Andrade Autora: Julia Luna. Orietadora: Liza Andrade
Todos métodos utilizados foram essenciais para a configuração do espaço da Casa de Brincar. O
aprendizado obtido pelo estudo das pedagogias influenciou diretamente nas decisões projetuais e
respaldou a importância da preocupação com o ambiente escolar. Por exemplo, a metodologia
pedagógica da Rede de Escolas Reggio Emilia da Itália tem o entendimento de que cada mente
humana é multidisciplinar e tem o seu próprio método de conhecimento, sua forma de aprender,
neste sentido, a tarefa do educador é a de estimular a expansão do método de cada criança. De
maneira coerente com a proposta, o espaço escolar é construído de modo a favorecer o diálogo e
o conhecimento compartilhado das crianças. Assim, entende-se que o espaço possui um papel
importante na aprendizagem e que os alunos podem absorver ensinamentos através dele, portanto,
os ambientes são projetados de maneira cuidadosa, eles expõem as crianças a uma série de
experiências sensoriais e estimulam seu desenvolvimento saudável, tanto nas construções
escolares quanto no acesso ao exterior.
McLennan (2013) defende no âmbito do espaço urbano o “planejamento centrado na criança”,
considerando que os cidadãos mais importantes e vulneráveis da sociedade são as crianças e que
o projeto desenvolvido para elas é o projeto ideal para todos, assim, se atendemos a necessidades
dos mais vulneráveis, significa que conseguimos atender às necessidades de todos os demais
integrantes da sociedade nas cidades. Ele ressalta que no ambiente projetado para criança
encontra-se o apoio para o desenvolvimento humano, além de maximizar o potencial humano.
Na visão da pedagogia Waldorf é por meio de brincadeiras que as crianças aprendem, absorvem
os ensinamentos, vivem e imitam os comportamentos dos adultos. O ambiente, nesta fase, deve
estimular as mais diversas brincadeiras, a criatividade e liberdade para criar. Por isso, em encontro
ao defendido por este método pedagógico, os espaços internos da Casa de Brincar são
aconchegantes e com ambientes para as atividades em grupo e individuais, e os externos
arborizados, para que as crianças tenham constante contato com a natureza.
As visitas às escolas de Brasília fundamentaram a definição do programa de necessidades,
tamanho dos ambientes e quantidade de alunos e funcionários. O conhecimento de aspectos
técnicos mínimos obrigatórios, como ambientes básicos, áreas e materiais exigidos deu-se através
de cartilhas do Ministério da Educação, mas a determinação de fatores reais e importantes para o
conforto ambiental fundamental em uma instituição de ensino, ocorreu depois da compreensão da
realidade das escolas infantis visitadas.
A aplicação dos padrões espaciais, definidos por Christopher Alexander, Doris Kowaltowski e
McLennan, foi responsável pela incorporação de uma série de elementos presentes no projeto,
desde fatores subjetivos, como o desenvolvimento de um estilo arquitetônico compatível com os
valores da escola, até aspectos pontuais como a escolha dos brinquedos instalados e o terraço-
jardim. Resoluções determinantes para a configuração espacial do projeto, como optar por desenhar