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Sustentáveis” com “as pétalas” do Living Building Challenge 3.0 (2014), as preocupações com o
lugar, água, energia, saúde, materiais, equidade, estética, educação, funcionou como um
check list
no final para verificar a totalidade da aplicação dos parâmetros de projeto.
5. CONCLUS
Ã
O
Apesar de constituir um trabalho de conclusão de curso, o desenvolvimento deste projeto resultou
em uma experiência interessante, tanto acadêmica como para a comunidade, resultado do processo
participativo, que visou envolver a população local interessada na construção de creches e escolas,
no desenvolvimento do projeto da Casa de Brincar. Levou-se em consideração suas demandas e
necessidades, o que foi fundamental para que o produto final fosse uma escola que atendesse as
carências do entorno onde seria inserida. A associação das duas principais estratégias
metodológicas deste projeto – a aplicação dos padrões (incluindo os princípios da permacultura), e
o processo participativo – foi enriquecedora para o desenvolvimento e essencial para a realização
de um projeto factível com as condições reais às quais ele seria submetido caso fosse construído.
Espera-se que a realização deste projeto, a nível local, indique às autoridades a necessidade de
implantação de equipamentos educacionais na Cidade Estrutural e do envolvimento da comunidade
nos projetos do governo. A nível global, acredita-se que pode servir como exemplo de espaço, que
preza pelo bem-estar e autonomia da criança, para novas escolas que surjam com o anseio por
uma educação infantil mais humanizada e com a preocupação com seu ambiente construído. Com
relação a este artigo, tem-se a expectativa de que contribua para a discussão sobre o papel
pedagógico da arquitetura escolar.
Uma decorrência significativa desta experiência foi a premiação do projeto da Casa de Brincar no
Concurso de Ideias de projeto de “escolas mais sustentáveis”, na categoria estudante da V Bienal
José Luztemberger do Euro-Elecs, em Guimarães, Portugal, em 2015. Este premio representa o
reconhecimento da qualidade do projeto e, consequentemente, da importância de introduzir o
usuário no processo de projetação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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