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de vida da população local.
Em resposta à preocupação ambiental, resolveu-se explorar técnicas de arquitetura sustentáveis e
fazer uso de materiais com baixo impacto ambiental. Assim, no desenvolvimento do projeto
estudaram-se parâmetros de projeto de arquitetura e urbanismo para humanizar e “ecologizar” os
espaços escolares bem como metodologias pedagógicas que tenham em seus fundamentos a
relação da criança com o espaço de aprendizagem. A concepção do projeto teve como fundamentos
os princípios da Permacultura, método de planejamento de sistemas – comunidades
ambientalmente sustentáveis, socialmente justas e economicamente viáveis. Os edifícios que
compõe o projeto da escola foram pensados em arquitetura de terra, tijolos de solo-cimento,
estruturas em madeira e bambu, e os espaços entre os edifícios bem arborizados, contemplando
as árvores existentes. São cuidados quanto à questão do impacto ambiental da construção e à
possibilidade de permitir que as crianças tenham um maior contato com a natureza, fator tão
importante para seu desenvolvimento saudável.
Este projeto foi submetido à V edição da Bienal de Sustentabilidade José Lutzenberger, realizado
no âmbito do EUROELECS 2015, o Concurso Latino-Americano e Europeu de Ideais de Projeto
para um Ambiente Construído Mais Sustentável, cujo tema foi “Escolas mais sustentáveis” e obteve
o primeiro lugar na categoria estudante.
2. OBJETIVO
O objetivo deste artigo é apresentar a metodologia de processo de projeto arquitetônico de uma
escola infantil intitulada “Casa de Brincar”, que tem a criança como protagonista e principal usuário
de um ambiente saudável, adequado ao seu desenvolvimento. Baseada em metodologias
pedagógicas com a Waldorf, Montessori e Reggio Emilia e em seguida os parâmetros de projeto
para edifícios escolares desenvolvidos por Kowaltowski (2011) e os padrões de organização
desenvolvidos por Alexander (1977) e McLennan (2013), bem como dos princípios da Permacultura
(1978) e da ecoconstrução (Sattler, 2008). Além disso, o projeto teve como parâmetros os critérios
de avaliação dos trabalhos do concurso da V edição da Bienal de Sustentabilidade José
Lutzenberger International, baseado no “Living Future Institute” (Living Building Challenge 3.0,
2014). Pretende-se aqui contribuir para a temática da educação infantil no âmbito do Euro-Elecs
2017, com reflexões sobre a relação estabelecida entre a criança e o lugar, destacando a
importância de um projeto arquitetônico desenvolvido para atender as necessidades infantis.
3. MÉTODO
Para o desenvolvimento do projeto arquitetônico da Casa de Brincar buscou-se aplicar metodologias
voltadas ao usuário final e favoráveis à resolução dos problemas pretendidos com a execução desta
escola. Para isso, fez-se um compilado de estratégias metodológicas que compuseram o processo
projetual, a maioria utilizada pelo grupo Periférico da FAU/UnB
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Pesquisou-se uma variedade de programas pedagógicos e projetos arquitetônicos, através de
diversos estudos e visitas de campo, que serviram de referência para a elaboração da Casa de
Brincar. Ainda, outras metodologias foram empregadas para possibilitar que o projeto cumprisse
com os objetivos pré-estabelecidos de conformar um ambiente com responsabilidades ambientais,
sociais e pedagógicas, para tanto aplicou-se os princípios da Permacultura baseados em Molisson
(2007) e da ecoconstrução baseados em Sattler (2008), integrados à metodologia de Alexander et
O grupo Periférico da FAU/UnB é coordenado pela professora Liza Maria Souza de Andrade. O Periférico busca trabalhar com temas
marginais, pouco abordados nos cursos de arquitetura e urbanismo de forma emergente, envolvendo as comunidades na participação
da elaboração de projetos de arquitetura e urbanismo nos Trabalhos Finais de Graduação, visando melhorar a atuação dos arquitetos
na produção do ambiente construído.