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childhood has an essential role on people’s future personality. Therefore, can be deduce that

architecture has an important function in educational environments, so improving aspects of formal

education in early ages, by working with the hidden curriculum, it’s possible to use the construction

as a tool to affect the learning skills of children. Understanding that it is the responsibility of schools

to deal with this very important phase of life, it is considered that it is part of this incumbency to take

care of children's space, so that school architecture dialogue with the principles that will be taught

by pedagogy and in the understanding of sustainability. So, this study presents reflections about the

relationship established between children and environment, and about the importance of an

architectural project centered on the development of a child. In this context, the main goal of this

article is to exhibit the process of project of a kindergarten named “Casa de Brincar”, that considered

the child as protagonist and principal user. Initially, pedagogical methodologies such as Waldorf,

Montessori and Reggio Emilia were studied. Also were searched the pattern language method,

created by Alexander (1977), used by Kowaltowski (2011) and McLennan (2013), as well as the

permaculture principles (Mollison and Holmgren, 1978) and the eco-construction (Sattler, 2008). The

outcome is a child-centered project, planned to foment the student’s autonomy and to evidence the

necessity of care for the environment. The school would be located at Cidade Estrutural, vulnerable

region of Distrito Federal, Brazil. This architecture project has been awarded the first price in the

José Luztemberger’s Bienal, Euro-Elecs of 2015, at Guimarães, Portugal.

Keywords:

School’s architecture, child education, hidden curriculum, sustainability, permaculture.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo busca contribuir para a reflexão sobre a arquitetura escolar e sua influência no

desenvolvimento infantil, por meio da apresentação do processo de projeto da creche e pré-escola

“Casa de Brincar”, um espaço educativo com preocupações sociais e ambientais, localizada na

Cidade Estrutural, região administrativa de Brasília, Distrito Federal. O enfoque central do projeto é

a exploração do espaço como um elemento transformador e educador, o ambiente construído como

ferramenta de ensino por meio de um processo projetual centrado na criança e na sustentabilidade

ambiental e social.

Entende-se que o modelo de ensino que predomina no ocidente atualmente ainda exerce um papel

autoritário e repressor, marcando negativamente a vida de muitas pessoas, que é reforçado nos

projetos de arquitetura, espaços frios e padronizados. Observando empiricamente o sistema

educacional (ocidental) atual pode-se deduzir que não há a preocupação adequada com o espaço

de ensino. Contata-se assim que, como o próprio modo de ensinar, o local onde este ocorre está

obsoleto e ultrapassado, o que justifica a busca alternativas que tragam inovação e soluções para

a educação.

Aproximando a problemática para o contexto brasileiro, a realidade escolar ainda é muito precária

em relação à qualidade de ensino que preze pelo desenvolvimento humano do indivíduo. As práticas

escolares, de modo geral, ainda enraizadas em modelos rígidos e autoritários, não se comprometem

com a promoção da liberdade e da autonomia total da criança e o próprio espaço arquitetônico com

sua concepção inflexível, não contribui para o exercício de novas possibilidades pedagógicas

espaciais. A configuração do espaço escolar deve dialogar diretamente com o método pedagógico

adotado pela instituição e representar de forma física os valores e intuitos da escola, pois assim

eles serão absorvidos pela criança através da vivência do espaço. Portanto, é importante

reconhecer seu caráter pedagógico.

Considera-se que o espaço não é neutro, que a arquitetura não tem apenas significado estético,

econômico e funcional, mas que possui também um sentido sociológico e ecológico, a arquitetura

deve dialogar com as pessoas envolvidas e seu meio, não deve ser algo estático. A humanização