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que o consumo é crescente, pelo surgimento de novas tecnologias, pela expansão da

construção civil e da indústria, manifesta-se um progressivo descarte de produtos antigos

(TONATO; SAIANI; DOURADO, 2014). O fato, no país, quanto aos resíduos sólidos,

segundo Tonato, Saiani e Dourado (2014) é caracterizado pelo desafio significativo devido

à necessidade de investimentos por parte dos municípios, escassez de recursos humanos

e demais custos de implantação de infraestrutura e equipamentos. “Nos últimos 11 anos, o

aumento da geração de lixo no país foi muito maior do que o crescimento populacional. De

2003 a 2014, a geração de lixo cresceu 29%, enquanto a taxa de crescimento populacional

foi de 6%” (Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2014). Em conformidade com

estudos ambientais atualmente realizados e com as políticas públicas adotadas pelo

governo, pode-se concluir que ao diminuir o descarte de resíduos sólidos e promover o

reaproveitamento dos mesmos, essas ações práticas e pontuais transformam de forma

imediata a relação da população com os resíduos.

Gera-se resíduos que diferem quanto à natureza, origem, tipo de material, toxicidade e

periculosidade e que, portanto, requerem disposição adequada para evitar a contaminação

do ambiente. É realidade no Brasil uma série de problemas relacionados aos resíduos

sólidos, desde a falta de coleta até a disposição inadequada. Além dos baixos índices de

coleta seletiva e da baixa quantidade coletada em relação aos resíduos gerados, a

reciclagem e recuperação de materiais, compostagem e outras tecnologias também são

demasiado moderadas (TONATO; SAIANI; DOURADO, 2014). Por isso, surge, em 2010, a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da qual a sociedade passa a ser

responsabilizada de modo compartilhado pela gestão adequada dos resíduos sólidos. Ou

seja, a partir dessa política, vê-se a necessidade de cada pessoa modificar seus hábitos a

fim de contribuir para solucionar as problemáticas dos resíduos sólidos. De acordo com o

Ministério do Meio Ambiente,

Segundo dados de 2008 divulgados pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística - IBGE, por meio da Pesquisa Nacional de

Saneamento Básico - PNSB, 99,96% dos municípios brasileiros têm

serviços de manejo de Resíduos Sólidos, mas 50,75% deles dispõem

seus resíduos em vazadouros; 22,54% em aterros controlados; 27,68%

em aterros sanitários. Esses mesmos dados apontam que 3,79% dos

municípios têm unidade de compostagem de resíduos orgânicos;

11,56% têm unidade de triagem de resíduos recicláveis; e 0,61% têm

unidade de tratamento por incineração. A prática desse descarte

inadequado provoca sérias e danosas consequências à saúde pública

e ao meio ambiente e associa-se a triste quadro socioeconômico de um

grande número de famílias que, excluídas socialmente, sobrevivem dos

‘lixões’ de onde retiram os materiais recicláveis que comercializam.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os instrumentos da Política Nacional de

Resíduos Sólidos ajudariam o país a reciclar vinte por cento dos resíduos no ano de dois mil

e quinze. Fundamentando-se nesses dados e relacionando às atividades desenvolvidas na

academia, percebe-se a necessidade de trabalhar os conceitos de sustentabilidade e