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produtivos e laborais autogeridos, é uma alternativa que proporciona possibilidade de maior

autonomia e emancipação social frente a esse contexto.

5. CONCLUSÃO

Trazer à luz o debate sobre como ocorrem os processos de formação profissional para o setor

atualmente é importante pois fica evidenciado o potencial que têm de tensionarem contradições e

explorarem esse campo tão heterogêneo de soluções produtivas, encontrando uma abordagem de

atuação de acordo com a nova realidade do setor e dos perfis profissionais que ela redefine, mas

que ainda forneça ao profissional ferramentas para superar essa condição de alienação do processo

de acumulação do capital dentro da indústria da construção. Sobre isso, Silva (2001) reitera que a

busca de soluções no campo da qualificação e requalificação que ofereçam respostas condizentes

à realidade é urgente, e não apenas voltada para a empregabilidade dos trabalhadores, mas

aproveitar para se repensar a própria relação capital-trabalho. Deve-se aproveitar esse momento

de grande investimento em qualificação de mão de obra, de oportunidade de investimento em

organização do trabalho e em desenvolvimento tecnológico a fim de avançar com o rompimento de

práticas ligadas à informalidade do setor.

Sejam as iniciativas inseridas em programas de políticas públicas, ligados ao setor privado, ou ainda

ao terceiro setor, a superação do ensino profissional ligado estritamente ao pensamento neoliberal

(que assume a formação profissional como chave para contemplar e servir ao novo paradigma

produtivo de flexibilização do trabalho), ou às demandas diretas do mercado, têm o potencial de

promover benefícios concretos à sociedade e à economia através do rompimento com condições

que são estruturais no país atualmente: as fragilidades do sistema formal de educação e do quadro

atual da formação voltada para o trabalho.

É importante frisar que não é puramente por estabelecer relações com o setor privado que uma

iniciativa assume caráter mercadológico. Prova disso é a atuação do CEVE, que presta serviços de

transferência tecnológicas e consultoria em processos de assessoramento e capacitação para

empresas, em iniciativas em que o setor empresarial explora ações concretas para resolução de

problemas sociais onde atua, posicionando-se como agente em processos de desenvolvimento

mais integrais, de articulação com o Estado e outros agentes sociais. O setor privado empresarial

pode, sim, atuar como um facilitador da solução de uma problemática social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livro

BARONE, R. E. M; VIEITEZ, C. G. Educação e políticas públicas: tópicos para o debate. Araraquara:

Junqueira&marin; Editores, 2007.

FARAH, M. F. S. Processo de trabalho na construção habitacional: tradição e mudança. São Paulo,

1996. Annablume; Fapesp, 1996.

OLIVEIRA, R. V. A qualificação profissional como política pública. In: Oliveira, Roberto Véras

(org.). Políticas Públicas de Qualificação: Desafios Atuais. São Paulo: A+Comunicação, 2007.

Artigo de periódico

BLANCO, M. O preço da desqualificação. Construção Mercado, São Paulo, n. 73, ago. 2007.

COSTA, L.R; TOMASI, A de P. N. O canteiro de obras é escola? Formação e qualificação

profissional na construção civil. Teoria e Sociedade, nº 17.2 - julho-dezembro de 2009.