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promover uma tomada de decisão informada assim como espaços mais eficientes. As necessidades

de estilo de vida do utilizador, bem como o número de utilizadores, restringem a quantidade de

espaço requerido na habitação. Os utilizadores bem como os seus estilos de vida mudam com o

curso do tempo. Portanto, se o planeamento é bem preconizado, pode conseguir satisfazer as

necessidades dos seus utilizadores ao longo do ciclo de vida. Esta capacidade de adaptação

relembra o conceito de ”solução para a vida” que é bastante relacionado com um eficiente

planeamento de espaço e adaptabilidade do espaço (Memken et al., 1997).

Apesar do exterior de dois ou mais edifícios diferentes ser semelhante em área e volume gerais, a

forma como o espaço é distribuído e a planta interna efetuada pode facilmente restringir a área

habitável (Ashworth; Perera, 2015). Portanto, mais que soluções construtivas ou áreas limitadas por

exigências legais, o papel do projetista é crucial para um proveitoso e eficiente planeamento de

espaço.

Quando se lida com habitações e o seu espaço habitável, é relevante analisar a forma como as

famílias vivem nas suas casas. RIBA (2016) averiguou que a procura soluções adaptáveis está a

aumentar, o que significa que as pessoas estou a começar a valorizar mais o seu espaço e o que

fazer com ele; o espaço e a sua perceção estão a mudar em linha com novos padrões de vida.

Estas exigências são particularmente relevantes em projetos de reabilitação onde os elementos dos

edifícios existentes condicionam a organização do espaço e redes de abastecimento. Apenas

existem alguns estudos focados em reabilitações de eficiência e qualidade de espaço em

habitações, e os que se focam em reabilitação sustentável incidem apenas em parâmetros

ambientais (Acre; Wyckmans, 2015, Pombo et al., 2016, Itard; Klunder, 2007). Este trabalho tenta,

portanto, avançar rumo a uma promissora área de estudo dentro da reabilitação sustentável.

3. MÉTODOS DE PESQUISA

De forma a melhor compreender a evolução e transformação da funcionalidade e flexibilidade dos

espaços recorreu-se à análise casos práticos de trinta e sete edifícios fornecidos pelo NCREP -

Consultoria em Reabilitação do Edificado e Património. Estes casos dizem respeito a operações de

reabilitação realizadas no concelho do Porto, Portugal, em edifícios exclusivamente residenciais ou

maioritariamente residenciais constituídos por várias habitações. As operações de reabilitação

foram realizadas 2011 e 2014 em edifícios anteriores a 1990 e as áreas de construção dos trinta e

sete edifícios têm uma média de 442,38 m

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. Os edifícios analisados têm, na sua maioria, uma

estrutura principal constituída por (i) paredes de meação em alvenaria de granito e/ou tabique misto,

e (ii) estrutura dos pavimentos e da cobertura são compostas por vigas de madeira (madeira de

castanho, pinho nacional ou nórdico). A estrutura secundária é constituída por (i) paredes das

fachadas, usualmente em alvenaria de pedra (granito), ou, quando se trata de pisos acrescentados,

em tabique misto ou tabique simples; (ii) paredes interiores de compartimentação e da caixa de

escadas, em tabique simples ou tabique simples reforçado; (iii) estrutura das escadas; (iv) estrutura

da clarabóia e pelas (v) estruturas das águas furtadas ou de outros elementos de pequena dimensão

que pontuam as coberturas.

Foram avaliadas as áreas dos diferentes casos, mais propriamente, áreas úteis, habitáveis e áreas

internas. Com os dados recolhidos e, recorrendo a análises paramétricas, procurou-se correlacionar

os dados de forma a encontrar padrões distintos e relevantes que suportem ou contrariem o que se

afirma neste artigo científico.