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442. SUSTENTABILIDADE DE PROJETOS DE REABILITAÇÃO DE
HABITAÇÕES: INDICADOR DE EFICIÊNCIADE ESPAÇO PARAAVALIAÇÃO
INICIAL DO PROJETO.
ANDRADE, Joana*
1
(joana.andrade@civil.uminho.pt); FERNANDES, Eduardo
(a58585@alunos.uminho.pt); BRAGANÇA, Luis
1
(braganca@civil.uminho.pt)
1
Departamento de Engenharia Civil, Universidade do Minho (UMinho), Portugal
*
Autor Correspondente
RESUMO
Escolher a reabilitação em detrimento da construção nova tem emergido recentemente como
solução para melhorar a sustentabilidade do ambiente construído. Em todas as agendas
internacionais constam objetivos em relação à reabilitação urbana e o mercado tem reagido a este
incentivo. O edificado existente representa grande parte do futuro do parque habitacional, portanto,
os impactes de sustentabilidade (ambiental, social e económico) no futuro terão ainda grande
impacte gerado pelo parque habitacional já existente.
Aquando da execução dos projetos de reabilitação, tomam-se decisões em relação ao grau de
reabilitação em questão, que podem originar casos de reabilitação profunda, ou apenas uma
reabilitação leve. Assim sendo, a inspeção e diagnóstico efetuados ao edificado existente deve se
o primeiro passo do projeto. Esta etapa evita demolições desnecessárias e indica as principais
patologias a ser debeladas. Além deste passo, a análise de sustentabilidade deve acompanhar o
projeto, tão cedo quanto possível, de modo a que possa orientar tomadas de decisão tendo em vista
a sustentabilidade.
Desta forma, este trabalho apresenta uma estrutura de como pode uma ferramenta ser desenvolvida
para auxiliar as tomadas de decisão numa fase inicial em projetos de reabilitação, tendo em conta
princípios de sustentabilidade. A eficiência de espaço é apresentada como um exemplo de um
indicador de sustentabilidade. Este indicador é uma adaptação de um indicador previamente
desenvolvido para fases iniciais de projeto de moradias unifamiliar. Uma melhorada qualidade e
eficiência de espaço pode conduzir a uma habitação mais apelativa visualmente e contribuir para
um aumento de conforto e bem-estar; enquanto um reduzido impacte ambiental no seu ciclo de vida
pode melhorar o meio ambiente envolvente, e assim reduzindo os impactes negativos do edifício.
A eficiência de espaço não é um ponto fulcral nas avaliações de sustentabilidade correntes, nem
sequer para operações de reabilitação. Porém, representa um papel importante na qualidade de
vida dos respetivos residentes, para além dos aspetos ambientais que são mais frequentemente
referidos. Para adaptar este indicador, é necessário a execução de um estudo paramétrico em
projetos de reabilitação já existentes. Foi possível constatar que as atividades de reabilitação
frequentemente conferem um aumento na área interna e na área habitável, mantendo a mesma
área de construção. Isto demonstra que a eficiência de espaço é constantemente tida em conta no
projeto, mesmo quando não é o ponto de foco da reabilitação.
Palavras-Chave:
Eficiência de espaço, sustentabilidade, fases iniciais de projeto, reabilitação
urbana