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7. MÉTODO KLEIN

Para aferir a qualidade dimensional e funcional das unidades, foi aplicada uma adaptação do

método desenvolvido por Alexander Klein, o qual se baseia na análise de plantas e configuração

dos espaços considerando tanto o ambiente construído, quanto o mobiliário e os equipamentos,

dividindo-se em três etapas: a) exame preliminar mediante questionário; b) redução de projeto a

uma mesma escala; c) método gráfico. Para esse estudo foram adotadas as etapas ‘a’ e ‘c’, já que

a redução a uma mesma escala visa testar diferentes possibilidades de arranjos de um mesmo

programa arquitetônico e não corresponde, portanto, ao objetivo do trabalho.

Como o método foi desenvolvido no ano de 1928, na Alemanha, quando foram construídas as

primeiras habitações mínimas, sabe-se que o contexto de sua aplicação e desenvolvimento difere

em muito do contexto atual, contudo fazendo-se as devidas adaptações e associando-o aos

conhecimentos atuais, acredita-se que análise de Klein é bastante consistente e fundamentada,

sendo adequada à aplicação neste estudo. Assim, foram analisadas as plantas de venda divulgadas

pelas construtoras, nas quais se encontram o layout de mobiliário proposto.

7.1 Exame preliminar mediante questionário: áreas úteis e setorização

Consiste na elaboração de um questionário composto por uma série de condicionantes cuja primeira

parte corresponde a dados dimensionais, e a segunda aos aspectos quantitativos dos espaços

construídos. Como a aferição da segunda parte é bastante subjetiva, consideramos apenas os

dados dimensionais da primeira. A partir do destes, originam-se três coeficientes:

Nutzeffekt

,

relação entre superfície útil e superfície construída,

Wohneffekt

, relação entre superfície das zonas

de estar e dos dormitórios e a superfície construída e

Betteffekt

, que corresponde à relação entre a

superfície construída e o número de camas. Esses coeficientes permitem identificar as áreas com

maior atenção dos projetos, bem como a área prevista por morador da UH.

7.2 Método gráfico

Considerada a etapa mais importante da análise, o método gráfico baseia-se na: a) organização

das áreas de passagem e caminhos, b) concentração das superfícies livres, c) analogias

geométricas e relação entre os elementos da planta, d) fracionamento das superfícies e da leitura

do espaço, esta última não foi contemplada no nosso estudo já que depende das elevações e

tivemos acesso apenas as plantas.

7.3.1 Organização das áreas de passagem e dos caminhos: análise das circulações

A organização das áreas de passagem e dos caminhos consiste na análise dos espaços úteis

disponíveis para a livre movimentação das pessoas, ou seja, os espaços de circulação,

considerando como passível desta as áreas livres após a colocação do mobiliário. Assim, para cada

planta, considerou-se como áreas de passagem, os caminhos percorrido pelo morador a partir da

porta de entrada até os acessos as demais portas e janelas da UH, definindo-se , com isso, os eixos

de circulação, a partir de um módulo com unidade de passagem de 0,60m.

7.3.2 Concentração das superfícies livres: análise dos espaços de atividades e da geometria

dos ambientes

A concentração das superfícies livres corresponde as áreas que permanecem utéis para o

desenvovimento das atividades correspondentes ao mobiliário disposto. Considerando a

semelhança dessa definição com a dos espaços de atividades proposto por Boeuri Filho (2008),

adotou-se este último no método adaptado. Segundo ele, a área mínima de um ambiente pode ser