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areas that can receive the urban gardens, and other studies are necessary to deepen the other
needs of urban agriculture. Strategies for the implementation of urban agriculture are one of the
ways towards transforming cities into regenerative, multifunctional environments, integrating social
and economic needs with better environmental performance.
Keywords:
Urban agriculture; Urban typomorphology; insolation Brasília super block.
1. INTRODUÇÃO
A previsão é de que até 2030, aproximadamente, mais de 60% da população mundial irá habitar as
cidades. (BRENDA, STACY E SHALENE, 2015). No Brasil, cerca de 80% da população já vivem
nas áreas urbanas (IBGE, 2010). Sabe-se que a qualidade ambiental, da maior parte das áreas
urbanizadas, está comprometida por diversos fatores. Assim, a definição de parâmetros de
referência que orientem as estratégias para a sustentabilidade das cidades é uma demanda
mundial, (SATTLER, 2007) pois a urbanização é um dos principais motores para as mudanças na
paisagem biofísica e no ambiente sócio econômico. (BRENDA, STACY E SHALENE, 2015).
A demanda por soluções que mitiguem os impactos do ambiente humano vem gerando uma série
de novas abordagens sobre o problema da forma das cidades. Identificar estratégias que promovam
a inserção de requisitos de sustentabilidade nas cidades é um dos caminhos para criar soluções de
transição em direção a resiliência urbana, sob a perspectiva ambiental e social.
A inserção de vegetação é uma estratégia fundamental neste processo de transformação,
necessário a qualidade ambiental dos sistemas urbanos, já que as áreas com vegetação
apresentam múltiplas funções, tanto para a manutenção da qualidade dos ecossistemas naturais,
assim como é essencial para a qualidade de vida humana.
Com o aumento da densidade populacional das cidades a tendência é diminuir, ainda mais, as áreas
de preservação da flora e seus espaços nas cidades. No Brasil a redução das áreas destinadas a
vegetação urbana é percebida em todos os grandes centros urbanos (IBGE, 2010), se estendendo
inclusive para cidades menores. Além da grande quantidade de pessoas que já habitam as cidades,
a dispersão das zonas urbanas se espraia até os limites de áreas naturais. Estes fatores aumentam
a demanda por inserção de vegetação nas zonas urbanas, as quais são importantes refúgios da
biodiversidade, servindo de conexões entre as áreas de preservação.
Neste contexto a agricultura urbana representa zonas com vegetação, as quais agregam múltiplas
funções (BRENDA, STACY E SHALENE, 2015). A agricultura urbana, ou paisagismo produtivo, tem
sido definida como o cultivo, o processamento e a distribuição de bens agrícolas e pecuários dentro
do perímetro urbano (LOVELL, 2010), usualmente integrados ao sistema econômico e ecológico
local. (BRENDA, STACY E SHALENE, 2015).
Esta definição aponta para o fato de que a agricultura urbana não é exclusiva para a produção de
alimentos, mas pode suprir uma ampla gama de necessidades da comunidade, incluindo plantas
medicinais, ornamentais, e outros subprodutos de bens agrícolas e pecuários (LOVELL, 2010).
Estes sistemas podem agregar de forma intensiva os recursos humanos, assim como possibilitam
o reuso e a reciclagem de materiais e produtos (MOUGEOT, 2000). Esta vasta gama de
possibilidades resulta em sistemas de agricultura urbana bastante heterogêneos em tamanho,
forma e função (BRENDA, STACY E SHALENE, 2015) podendo ocorrer em diferentes escalas da
cidade. (LOVELL, 2010)
Entretanto, para ser considerada sustentável e primar pela saúde das pessoas e do ambiente,
existem condições especiais no manejo. A agroecologia rege os princípios para este processo, a
prática inclui uso de substratos orgânicos, sistemas de rotação, associações de cultivos, manejo
fitossanitário sem elementos tóxicos e práticas que incentivam a reciclagem dos resíduos. Nestes
sistemas toda a área disponível é intensamente utilizada (AQUINO E ASSIS, 2007).