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calculado a partir da matriz de consumo de um extrato social a fim de determinar o espaço

demandado de uso da Terra para a sua manutenção e o Índice de Sustentabilidade Ambiental ou

ESI -

Environmental Sustainbility Index

(JOHNSON; ESTY, 2000

apud

SICHE

et al

, 2007), que

considera todas as etapas da pirâmide de informação para serem obtidos variáveis e indicadores

separados por dimensões que, ao final, são agregados e determinam um índice final.

Sobre indicadores de sustentabilidade aplicados ao espaço intraurbano, identificaram-se quatro

modelos de análise: Braga (2004, p. 14), que desenvolveu o Índice de Sustentabilidade Urbana

Local com base no ESI, combinando aspectos do ecossistema natural, do sistema econômico e

da qualidade de vida humana; bem como dos sistemas político, cultural e institucional, os quais se

classificam como: estado, pressão e resposta; Romero (2007), que propõe dois bancos de dados:

um territorial e outro urbano, estruturados de modo relacional e constituídos de dados

alfanuméricos quantitativos e qualitativos

com a descrição física e ambiental do espaço, bem

como informações cadastrais, em termos de morfologia e clima, vinculados aos espaços públicos,

vegetação e água, que possam ser representadas graficamente. Com isso, são definidos dois

índices temáticos: o da qualidade de vida e o da qualidade do sistema ambiental, obtidos por meio

das variáveis: edificação, redes e massa

elementos

do clima e os seus

fatores

condicionantes;

Resende

et al

(2014), que apresenta um método de análise de riscos geotécnicos e ambientais

para a tomada de decisões no planejamento urbano, a fim de prevenir problemas advindos das

dinâmicas de ocupação e os conflitos com sítios de valor ambiental e geológico. Nesse estudo, a

base cartográfica do Município foi organizada em plataforma de Sistemas de Informação

Geográfica (SIG) para a confecção de quatro cartas temáticas identificando áreas homogêneas

segundo padrões de risco, delimitaram-se os sítios propícios à expansão urbana, considerando

tipologia de solo e relevo, bem como as áreas necessárias à preservação ambiental; e Andrade

(2015), cujo método baseia-se nos princípios de sustentabilidade ambiental descritos por Dauncey

e Peck (2002

apud

ANDRADE, 2005), na aproximação das agendas verde e marrom do

Informe

Global da ONU Habitat de 2009

, nos princípios estudados por Andrade (2005), no método de

avaliação das dimensões morfológicas do processo de urbanização de Holanda e Kohlsdorf (1944

apud

ANDRADE, 2015) e a alguns critérios de certificação de empreendimentos verdes aplicados

no Brasil (Selo Azul da CAIXA e AQUA para bairros, da Fundação Vanzolini, 2012). Nesse

método, são adotadas as dimensões Ambiental, Social, Econômica e Cultural e Emocional, bem

como indicadores de proteção ecológica, adensamento urbano, revitalização urbana, implantação

de centros de bairro e desenvolvimento da economia local, implementação de transporte

sustentável, habitações economicamente viáveis, comunidades com sentido de vizinhança,

tratamento de esgoto alternativo, drenagem natural, gestão integrada da água, energias

alternativas, e políticas baseadas nos 3R. Dentro desse espectro, há 92 indicadores de

sustentabilidade e qualidade urbana. A análise de aderência dos indicadores propostos se faz

mediante

verificadores

, os quais indicam que critérios mínimos precisam ser observados para

enquadramento ou não em dada situação. É um modelo analítico prático e passível de aplicação

nas auditorias de obras urbanas, motivo pelo qual foi escolhido para este estudo.

2. OBJETIVO

Este estudo teve por objetivo propor à CGU um método de auditoria de obras de urbanização

baseado em princípios de sustentabilidade ambiental, utilizando-se indicadores relacionados ao

tema num estudo de caso.