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processos gerenciados dentro do canteiro de obras e, por isso, a conscientização incentivada

pelos treinamentos das equipes torna-se tão importante.

Para a equipe de arquitetura, a necessidade de um maior detalhamento dos projetos e de uma

equipe mais preparada para entender as estratégias e conciliá-las ao conceito arquitetônico

escolhido foi apontado como principal fator de aumento nos custos de projeto. Em contrapartida, o

escritório demonstrou ter consciência de que a certificação LEED acaba por buscar a excelência

dos projetos causando impactos positivos na edificação, trazendo não só retorno financeiro para o

cliente como também benefícios aos futuros usuários.

5. CONCLUSÃO

Com relação às dificuldades encontradas pelos projetistas para alcançar os parâmetros LEED, as

modalidades que mais sofreram impacto foram as ligadas aos créditos referentes à eficiência

energética e utilização da água. Tais projetos passaram por uma série de revisões até serem

aprovados pela empresa de consultoria, responsável por garantir a conquista dos pontos.

Diversas vezes os projetos não estavam claros ou não incluíam informações necessárias para a

avaliação do cumprimento ou não das diretrizes. O projeto luminotécnico, apesar da equipe

responsável possuir conhecimento sobre a certificação LEED, teve diversos problemas no

alinhamento entre diretrizes

versus

estética e apresentou esse como sendo o seu maior desafio.

Os projetos elétricos, hidráulicos e de climatização foram projetados pela mesma empresa e,

talvez, a alta demanda de trabalho tenha sido um dos motivos pelos quais o número de revisões

para a sua adequação aos sistemas de fachadas, projeto luminotécnico e drenagem superficial

foram tão elevados. O tempo para adequação dos projetos coordenados tanto pela equipe

luminotécnica quanto pela equipe de instalações ultrapassou um ano. Conforme avaliado neste

trabalho, a porcentagem de acréscimo de 2,64% ao custo total da obra foi considerada coerente

quando comparado com a literatura consultada. Os valores encontrados ficaram entre 2% a 9%,

sendo os percentuais mais elevados atribuídos à busca pela certificação nível Platinum.

Entretanto, como se pode observar, a porcentagem atribuída foi relativamente baixa, ficando na

faixa mais próxima ao limite mínimo encontrado na literatura e, por isso, torna-se importante

salientar que tal resultado foi obtido através da avaliação de uma única edificação, podendo não

retratar uma realidade nacional. Seria necessário aplicar a metodologia a outras edificações de

igual porte alocadas em ambientes similares para obter-se resultados mais confiáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, M. A. T. Green building: análise das dificuldades (ainda) enfrentadas durante o

processo de certificação LEED no Brasil. Rio de Janeiro, 63 p., 2013. Dissertação (Mestrado) -

Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Rio de Janeiro.

BARROS, M. A. D. A adoção de sistemas de avaliação ambiental de edifícios (LEED e Processo

AQUA) no Brasil: Motivações, benefícios e dificuldades. São Carlos, 2012. Dissertação (Mestrado)

– Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.

DUNBAR, B.; MAPP, C.; NOBE, M. C. The cost of LEED: An analysis of the construction costs of

LEED and Non-LEED Banks. Journal of Sustainable Real State – JOSRE, University of San Diego.

v. 3. n. 1. 2011.

EY AND GREEN BUILDING COUNCIL BRASIL. Sustainable Buildings in Brazil. São Paulo: EYGM

Limited, 2013. 8p.