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the concession of the label, RTQs, it has been found that the boundaries between consecutive

classifications of architectural objects are often defined by details which make no great difference in the

building’s energy consumption. Sometimes two different classifications are assigned by very close unit

values that separate these consecutive classifications. The researches carried the authors to the

conclusion that the classification of the ENCEs would be more accurate for user’s information if it used

a representation based on

Fuzzy

sets theory, that would allow a more adequate identification of

buildings real classification, instead of the current representation, which is based on the traditional

Crisp

sets theory, which can lead to a classification range whose reality is very close to another

consecutive range.

Keywords:

Fuzzy Logical; Energy Efficiency; Envelopment; Environmental Comfort; Bioclimatic Architecture

1. INTRODUÇÃO

Desde o início da história das civilizações, o homem constrói seus abrigos, suas moradias,

adaptando-os às características da região em que são inseridos. A partir do século XIX, após a

Revolução Industrial, as, então, novas tecnologias (elementos estruturais, elevadores, aparelhos

de ar condicionado), passaram a abrir uma gama de possibilidades de projetos arquitetônicos e

obtenção de conforto dos usuários. Essas novas tecnologias, associadas ao consumo de energia

elétrica, permitiram que os projetistas não mais necessitassem adequar a arquitetura ao clima e

outras características locais (CORBELLA; CORNER, 2011).

Hoje, todas as nações do mundo moderno dependem da eletricidade como elemento primário que

vai movimentar suas economias. Um déficit de energia sempre se torna um entrave ao crescimento

econômico de qualquer país. No Brasil, as principais fontes de produção de energia elétrica são

usinas hidrelétricas (cujas barragens inundam extensas áreas de florestas), usinas termelétricas

(muito poluentes e de custo elevado por queimarem combustíveis fósseis) e usinas termonucleares.

Em uma entrevista ao jornal O Globo (Rio de Janeiro, edição de 26 de abril de 2011), o professor de

Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, Roberto Schaeffer, afirmou que “para qualquer fonte de

energia há um dano ambiental, nem que seja para produzir a tecnologia que ela usa”. A queima de

combustíveis fósseis e a fabricação de cimento geram grande quantidade de CO

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(dióxido de

carbono), que eleva a capacidade da atmosfera de reter calor. O desflorestamento vem reduzindo

drasticamente a capacidade das florestas e dos campos reabsorverem este gás, intensificando sua

permanência na atmosfera e contribuindo para o aquecimento do planeta e para alterações no

clima, como tempestades violentas, verões causticantes e alterações das chuvas.

No ano de 2001 o Brasil atravessou uma séria crise energética, que levou a população a um

racionamento de energia que perdurou por vários meses. Depois, entre os anos de 2012 e 2015,

uma das maiores crises ambientais (hídrica e energética) da história voltou a assolar o país. Com o

aumento do preço da energia elétrica em função dessas crises ambientais e do alto custo de sua

produção, é de se esperar que a eficiência energética venha a se tornar cada vez mais relevante no

momento em que um consumidor vai adquirir determinado produto que consuma energia. De fato, a

ENCE - Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (que exibe o resultado classificatório da

avaliação da eficiência energética de um produto) já é um dos principais fatores que infere no valor

destes bens. Em consulta a profissionais do mercado de varejo de produtos classificados por

ENCES, tem-se a informação de que aqueles que possuem classificações com maior nível de

eficiência são, atualmente, os mais procurados.

A ENCE faz parte do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia), que tem por fim orientar

o consumidor no ato da compra de produtos que consomem energia indicando os níveis de eficiência

energética desses produtos, dentro de cada categoria. A indicação ocorre por meio da classificação do

produto em um de cinco níveis expressos por letras, de “A” (mais eficiente) até “E” (menos eficiente).