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limitação do estudo, uma vez que não indicam os valores reais de distância para o aterro e o

centro de reciclagem de Brasília, de 40 km e 20 km, respectivamente.

Com a área da habitação popular, foi possível obter então as emissões geradas para essa etapa.

3.4 Depleção abiótica

Para esse estudo, tem-se o uso predominante de óleo diesel e, portanto, a depleção abiótica foi

levantada considerando o declínio do petróleo. Esse processo considera a extração do

combustível fóssil e a depleção do elemento antimônio (Sb) como referência. Foi considerado um

valor depleção abiótica para o petróleo de 0,0201, valor obtido de Van Ooers, et al (2002); este

representa um fator de caracterização adimensional que deve ser multiplicado pela quantidade em

massa de combustível fóssil consumido. O resultado final é um valor de antimônio equivalente,

dado em quilogramas.

Para esse cálculo, foi considerada a quantidade de óleo diesel envolvida nos transportes. De

acordo com Nabut Neto (2001), o caminhão de modelo 1620 da Mercedes Benz tem uma média

de consumo de 2 km/l e a partir desse dado juntamente com a densidade de 0,85 kg/l do petróleo,

obtém-se a quantidade final em massa do combustível.

Não foram considerados os combustíveis utilizados nos outros processos, uma vez que os dados

coletados são secundários e não há precisão quanto ao uso de combustível relativo aos

maquinários.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores de emissão de CO

2

obtidos na fase de pré-uso se encontram na Tabela 3 a seguir. Os

fatores de emissão utilizados para a fase de concepção foram obtidos das mesmas fontes

referentes à densidade de cada material, conforme Tabela 1. Para o cálculo da distância dos

materiais foram considerados fornecedores nacionais indicados abaixo da Tabela 3.

Com isso, obteve- um total de emissão de 7,15 tCO

2

eq

para o pré-uso, em que a fase de

concepção é responsável por 26% desse valor e o transporte por 74%. Sedo assim, tem-se um

valor de 0,16 tCO

2

eq/m² de construção para essa etapa.

Tabela 8.

Emissões durante a fase de pré-uso

MATERIAL

UNIDADE

FUNCIONAL

(UF)

FATOR DE

EMISSÃO

(kgCO

2

eq/UF)

EMISSÕES

NA FASE DE

CONCEPÇÃO

(kgCO

2

)

DISTÂNCIA

(km)

TRANSPORTE

(FÁBRICA –

OBRA)

(kgCO

2

)

TRANSPORTE

(VOLTA)

(kgCO

2

)

Barreira

impermeável

3,35E-1

32,22

1292 km

1

517,14

516,80

Placa de

gesso

2,10

254,48

722 km

2

318,02

288,80

Placa

cimentícia

8,08

634,44

920 km

3

416,08

368,00

Lã de rocha

82,64

391,71

789 km

4

329,14

315,60

OSB

248,30

469,29

1292 km

5

578,71

516,80

Soft wood

72,64

93,70

1348 km

6

569,36

539,20

1

Barreira Impermeável – Ponta Grossa-PR (LP);

2

Gesso – Vespasiano-MG (Placo);

3

Placa cimentícia –

Capivari-SP (Brasilit);

4

Lã de Rocha – Descalvado-SP (Lã Rocha);

5

OSB – Ponta Grossa-PR (LP);

6

Soft

wood – Curitiba PR (TECVERDE);