244
Tabela 7.
Vida útil para componentes do sistema e fatores adimensionais
COMPONENTES DO SISTEMA VIDA ÚTIL FATOR DE REPOSIÇÃO
Placa de gesso
30
1
Placa cimentícia
40
1
Lã de rocha
30
1
Placa de OSB
30
1
De acordo com dados do EPD da barreira impermeável (IPU, 2016), este componente não requer
manutenção e, portanto, não tem emissões associadas a esta etapa. Quanto a madeira, a partir
do dado de Barillari (2002), que considera para a madeira
pinus
tratada uma vida útil superior a 30
anos quando exposta ao tempo e em qualquer situação, fixou-se um tempo de vida útil de 50 anos
para o
light wood frame
, uma vez que este não estará exposto ao ar livre, mas sim protegido pelas
placas cimentícia e de gesso.
Além dos fatores de reposição, também é necessário considerar fatores de emissão dos materiais
do sistema de vedação, que são os mesmos utilizados para a fase de pré-uso. A partir desses
fatores e do consumo dos materiais, é possível calcular a emissão na fase de manutenção de
acordo com a Equação 1 a seguir, adaptada de Caldas (2015). Não foram consideradas as
perdas, uma vez que o sistema é industrializado, assumindo que os materiais têm um alto índice
de reaproveitamento.
(1)
Em que FCO
2
e FR já são conhecidos e
EM = emissões na manutenção (t);
C
m
= consumo dos materiais (UF).
Além disso, também foram consideradas as emissões do transporte necessário para a
manutenção, que seguiu o mesmo método de cálculo utilizado no pré-uso. Assim como na etapa
de pré-uso, não foram consideradas as emissões de execução.
3.3 Fase de pós-uso
A madeira é ambientalmente sustentável e considerada um material reciclável, renovável e
biodegradável, além de envolver menos energia no seu processo de transformação quando
comparada a outros materiais (MARQUES, 2008). Devido a esse potencial de reuso, foi adotado
nesse estudo o processo de desconstrução, em que a vedação é desmontada e encaminhada
para um centro de reciclagem. Ou seja, não foi adotado o método de demolição, mesmo que seja
comum nesta fase da avaliação do ciclo de vida.
Sendo assim, foram consideradas apenas as emissões de CO
2
originadas a partir da
desconstrução do elemento de vedação, que envolve a remoção dos materiais e o transporte dos
mesmos até a destinação final.
Para o cálculo de emissões no processo de desconstrução, foi adotada uma taxa de emissão de
0,01652 tCO
2
/m² de construção de um estudo com características similares a este, com o perfil de
madeira de 38 x 89 mm e com apenas um pavimento (NAKAJIMA, MURAKAMI, 2007). Nesta taxa
já está incluso o transporte dos materiais desmontados para um aterro e para um centro de
reciclagem, com as respectivas distâncias de 100 km e 50 km. Estes valores indicam uma