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critérios que somam pontos para a classificação final. Contudo, ao chegar nesta pontuação final,

retornam aos conjuntos C

risp

, atribuindo limites estanques (na forma de quantidade de estrelas) para

a expressão dos resultados obtidos. Para o consumidor final, que utilizará a informação como

elemento de consideração na aquisição ou não de um produto, a informação em faixas estanques de

classificação pode não ser a melhor expressão dos resultados, como será visto mais adiante. Assim, o

presente artigo apresentará uma discussão sobre como a Lógica Fuzzy pode auxiliar na indicação da

classificação de eficiência energética das edificações no âmbito do Programa Brasileiro de

Etiquetagem de Edificações (PBE Edifica).

2. OBJETIVO

O objetivo do presente trabalho é discutir a forma de expressão do nível de classificação de

eficiência energética das envoltórias de edificações em suas ENCEs, com vistas a sugerir uma

expressão mais adequada e clara para o consumidor.

3. MÉTODO DE PESQUISA

Os RTQs (BRASIL, 2012; 2013) que avaliam a classificação das ENCEs (Figuras 1 e 2)

consideram diversas características das edificações: Zona Bioclimática (ABNT, 2005) da cidade

onde será construída, materiais e cores da envoltória da edificação, ventilação natural, iluminação

natural, eficiência dos sistemas de iluminação artificial, climatização artificial e aquecimento

d’água, entre outros. Deve-se atentar que, dos elementos avaliados na classificação de eficiência

energética das edificações, a envoltória é o único que não consome energia elétrica, mas suas

características arquitetônicas e projetuais vão interferir diretamente no consumo energético dos

sistemas de manutenção de conforto dos usuários. Por essa razão, a eficiência energética da

envoltória se torna o fator diferencial na classificação da eficiência energética das edificações,

sendo colocada em evidência neste artigo.

Utilizando o Método Prescritivo estabelecido nos RTQs (BRASIL, 2012; 2013) para classificação de

eficiência energética em edificações, pesquisas

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já haviam sido desenvolvidas pelos autores com

vistas a atribuir e possivelmente melhorar o nível de eficiência energética das envoltórias de

edificações, primeiramente na cidade do Rio de Janeiro e posteriormente, em cidades com outras

condições climáticas. Por meio de um olhar transversal aos resultados de tais pesquisas e da análise

mais detalhada de como é realizado o procedimento classificatório, foi possível chegar às análises

apresentadas neste artigo, conduzidas a partir da dualidade de expressão de resultados na teoria dos

conjuntos

Crisp

e

Fuzzy

(TANAKA, 1996), que se mostraram mais adequados para a proposta.

3.1 Classificação da envoltória pelo RTQ-C (Edificações Comerciais, de Serviços e

Públicas)

O RTQ-C (BRASIL, 2013) classifica a edificação em cinco níveis expressos por letras de “A” a “E”,

do melhor para o pior nível. Para tanto, são consideradas as classificações de três elementos:

envoltória, iluminação e condicionamento de ar. À classificação de cada um desses elementos é

atribuído um valor numérico equivalente. Esse equivalente numérico é denominado EqNum (Tabela

1). Cada um dos elementos classificados tem um peso na avaliação ponderada da Pontuação Total

(PT) (Tabela 2) da classificação final da edificação: envoltória (EqNumEnv) tem peso 3; iluminação

(EqNumDPI) tem peso 3; e condicionamento de ar (EqNumCA) tem peso 4.

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Mencionadas na nota número 1.