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1898

preservation of the sidewalks. The IACT application can be used for the diagnosis and evaluation of

solutions to improve the micro accessibility for pedestrian with disabilities.

Keywords

: Urban Mobility, Accessibility Index, Small cities

1. INTRODUÇÃO

A realidade brasileira ainda é muito limitada em relação á promoção da acessibilidade nos espaços

de uso público; pois muitos destes espaços possuem inúmeros problemas urbanos relacionados à

acessibilidade, decorrentes da presença de barreiras arquitetônicas e urbanísticas que podem

dificultar e, em alguns casos, impedir o deslocamento de pessoas com restrição de mobilidade total

ou parcial (MAGAGNIN; PRADO; VANDERLEI, 2014).

Embora o Brasil tenha muitas legislações, normatizações e estudos sobre acessibilidade, muitos

espaços de uso público, em especial aqueles localizados na região central das cidades, ainda

apresentam inúmeros problemas relacionados à acessibilidade (MACHADO, 2008).

Campêlo (2011), Machado (2008), Brasil (2007) associam ao termo acessibilidade a possibilidade

e condição do usuário em alcançar qualquer objeto ou ambiente para utilizá-lo com segurança e

autonomia. Ou seja, a acessibilidade deve garantir que os indivíduos possam se locomover com

independência e interagir de forma confortável e sem riscos em todos os espaços, desenvolvendo

qualquer atividade no meio urbano.

De acordo com Litman (2008), a acessibilidade pode ser avaliada em diferentes níveis de escala:

micro-escala, escala regional e escala inter-regional. A avaliação da infraestrutura destinada ao

pedestre insere-se dentro da micro-escala, também denominada de microacessibilidade (LITMAN,

2008). Para efeito desta pesquisa, quando o termo acessibilidade for citado, este se reportará à

acessibilidade na escala micro. A microacessibilidade pode ser afetada pela qualidade das

condições físicas dos pedestres, pela proximidade e agrupamento de atividades, e pela

infraestrutura viária ofertada (LITMAN, 2008).

A partir destas definições, pode-se afirmar que para um espaço de uso público ser considerado

acessível é necessário que apresente facilidades em relação ao deslocamento, a comunicação, ao

uso e a orientação espacial dos usuários, independente seu grau de mobilidade (MAGAGNIN;

MENEZES, 2016).

Estudos relacionados ao ambiente construído têm demonstrado que a qualidade dos espaços pode

interferir em seu uso, na frequência de utilização dos espaços e nos aspectos psicológicos, sociais

e físicos dos usuários (BESTETTI, 2006). Bins Ely (2004) atribui ao ambiente, a forma com que os

usuários se apropriam dele para realizarem suas atividades sejam elas: lazer, compras, estudos,

etc. Neste sentido, no caso das pessoas com deficiência, se o ambiente não foi projetado para ser

utilizado por todos, ele pode ser um segregador, excluindo muitos usuários do convívio social,

impedindo ou dificultando que exerçam o papel de cidadãos, como qualquer outro indivíduo.

Neste sentido, para que os usuários possam sentir conforto e segurança é necessário a adequação

de alguns problemas relacionados à microacessibilidade, tais como: tipo de pavimento largura

mínima da calçada, estado de conservação do piso, nivelamento e rugosidade do piso, localização

do mobiliário urbano (postes de iluminação, bueiros, lixeiras, placas, arborização), faixas de

pedestres e travessias.

2. OBJETIVO

Analisar a microacessibilidade do pedestre em um eixo viário localizado na área central de uma

cidade de pequeno porte demográfico.