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do tipo cimento-amianto de 8mm de espessura, ondulada, instaladas sobre guias de madeira de
15cm. As tesouras da cobertura estão apoiadas sobre laje de forro de concreto moldado “in loco”.
Dessa forma apresentada a edificação e ambos os sistemas, objetos da análise deste trabalho, o
presente artigo se aprofundará na análise do fator durabilidade, item integrante do conceito de
sustentabilidade preconizado pela norma de desempenho.
3.2 Método da Pesquisa Bibliográfica e Estudo de Caso
Para dar suporte ao estudo de caso, foi necessário anteriormente realizar uma pesquisa
bibliográfica sobre o desempenho em edificações, com foco na durabilidade dos sistemas
construtivos. Somando ao estudo da bibliografia, foi realizada uma reunião na sede da Secretaria
de Educação de Porto Alegre no mês de maio de 2016 com os idealizadores do projeto padrão, os
arquitetos Raul Macadar e Flávio Kiefer, onde foi apresentado os conceitos das propostas
arquitetônicas bem como a vida útil estimada em projeto. Desta reunião foi possível verificar que a
vida útil prevista era de aproximada 50 anos para a estrutura e 40 anos para os demais sistemas.
Em seguida foi realizado o levantamento de campo para o estudo de caso, composto de: 1)
solicitação de informações do histórico de problemas da escola junto a direção da mesma. A
informação relatada teve maior abrangência na questão da infiltração e alagamentos oriundos da
rede de drenagem e cobertura. 2) Levantamento visual e fotográfico dos sistemas de vedação
externa e cobertura da escola, onde se constatou algumas manifestações patológicas.
3.3 Método de interpretação
Para a interpretação das informações adquiridas no estudo de caso, foi utilizado os conceitos
preconizados pelas partes 1,4 e 5 da NBR 15575 (ABNT, 2013), onde a mesma estabelece os
critérios e categorias que devem ser atendidas para atingir a durabilidade dos sistemas construtivos
que compõe o prédio e consequentemente a vida útil da edificação.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Requisito de vida útil de projeto e vida útil
Para o caso da escola, objeto do estudo, pode-se entender após a definição da VUP, que o sistema
de vedação vertical e de cobertura está com uma VU de 55%, visto que a sua VUP é de 40 anos
para ambos os sistemas e a escola possui 22 anos de uso.
4.2 Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas- NBR 15575/4
De acordo com a NBR 15575-4 (ABNT, 2013) sistemas de vedação vertical interno e externo
(SVVIE) são definidos pelas partes da edificação habitacional que limitam verticalmente o edifício e
seus compartimentos, como as paredes, as fachadas ou divisórias internas.
Os sistemas de vedações verticais externas devem limitar os deslocamentos verticais, fissurações
e falhas nas paredes externas. Inclui-se os revestimentos em função dos ciclos de aquecimento e
resfriamento que ocorrem durante a VU do edifício (ABNT NBR 15575/4, 2013).
Após as definições de VUP e VU do prédio escolar, constatou-se algumas manifestações
patológicas na alvenaria, tais como esfarelamento do tijolo que compõe o sistema; figura 1a;
fissuras; figura 1b; e umidades ascendentes e descendentes que prejudicam o desempenho da
SVVE; figura 1c.