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pelo menor custo de construção, optando por alternativas que não favorecem a durabilidade e

consequentemente a vida útil da edificação”

. Ainda os autores assinalam que a VUP previamente

estabelecida pode não ser igual a vida útil real ou efetiva, devido a fatores externos não previstos

inicialmente do processo de degradação da estrutura. A VUP poderá ser alcançada com maior

assertividade se considerada uma margem de tempo ou um nível de desempenho adequado, só

que para isso, deverá ser levado em consideração os pontos de vistas econômico e não técnico,

juntamente com o da engenharia.

A NBR 15575 (ABNT, 2013) salienta que para o atendimento da VUP ser alcançado integralmente,

sendo a sua implementação responsabilidade dos projetistas, incorporadores e construtores, ambos

os fatores abaixo devem ser contemplados:

a) o emprego de componentes e materiais de qualidade devem ser compatíveis com a VUP;

b) a execução com técnicas e métodos devem possibilitar a obtenção da VUP;

No que diz respeito ao usuário, A VUP será atingida efetivamente, se atendidos os três critérios

elencados: a) cumprir na totalidade dos programas de manutenção corretiva e preventiva; b) atender

aos cuidados preestabelecidos no que diz respeito ao uso correto do edifício e c) utilização do

edifício compatível com o previsto em projeto.

A NBR 15575 (ABNT, 2013) classifica a VUP em três níveis, são eles o Mínimo (M); o Intermediário

(I); e, o superior (S), onde o mínimo é obrigatório. A Tabela 1, apresenta a especificação dos valores

da VUP, em anos, para os sistemas de vedação verticais externa e cobertura, considerando que a

manutenção foi realizada segundo a norma específica, dentro dos processos e periodicidades

especificados no manual de uso, operações e manutenção, manual este que se torna item

importante para atendimento da VUP pré-estabelecida.

Tabela 1:

Tabela de valores em anos da VUP mínima e superior para cada sistema de um edifício

Sistema

Mínimo

Superior

Vedação Vertical externa

40

60

Cobertura

20

30

Fonte: NBR 15575/1 (ABNT, 2013)

Na atualidade, sem o entendimento pleno dos usuários na seleção das opções para o início de um

processo de construção, as escolhas recaem sobre construções de menor custo e menos duráveis,

o que acaba por transferir o ônus destas escolhas para as gerações futuras (ABNT NBR 15575,

2013).Sendo assim, a VUP da EMEI da Vila Santa Rosa foi pensada para durar 40 anos; conforme

informado pelos arquitetos responsáveis pelo projeto, em reunião realizada em maio de 2016 na

sede da Secretaria de Educação do Município de Porto Alegre; para todos os sistemas que

compõem o prédio; exceto o estrutural, com VUP de 50 anos; O projeto apresenta apenas memorial

descritivo, portanto não existe um manual de uso, operação e manutenção para o atendimento da

vida útil de projeto de acordo com as orientações normativas. De posse destes dados, pode-se

entender que para as vedações verticais, a VUP pretendida é a mínima, já para o sistema de

cobertura a proposta foi de VUP superior.

O anexo C da NBR 15575/1(ABNT, 2013) define a Vida útil da seguinte maneira:

“é uma medida

temporal da durabilidade de um edifício ou de suas partes; sistemas complexos, do próprio sistema

e de suas partes: subsistemas; elementos e componentes”.