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Sendo assim, no presente artigo será tratado do critério de sustentabilidade, no quesito durabilidade
para ambos os sistemas contidos na NBR 15575/4 e 5 (ABNT, 2013): as vedações verticais externas
e o sistema de cobertura, respectivamente.
Por se tratar de um prédio público, o conceito de durabilidade, se atingido, aumentará a vida útil da
edificação e, portanto, a qualidade dos espaços, qualificando o ensino e satisfazendo as
necessidades da comunidade escolar no que diz respeito a edificação.
Dentro dos conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, a durabilidade é um fator
de grande relevância, pois ao tratar da ampliação da vida útil dos sistemas construtivos, de seus
componentes e elementos contribui por consequência para a redução do impacto ambiental.
Segundo Roque (2009, p.35 apud JOHN, 2001) inicialmente os estudos sobre durabilidade surgiram
da necessidade de avaliação do desempenho econômico de produtos diferentes e do planejamento
da manutenção destes mesmos produtos.
De acordo com Agopyan et al. (2016) a durabilidade está associada mais para o conhecimento do
que para os recursos. Em muitos casos, a produção inicial do componente é que causa a maior
carga ambiental e a vida útil poderá ser aumentada ou reduzida sem afetar proporcionalmente a
carga ambiental inicialmente utilizada.
Ao definir a durabilidade, POSSAN e DEMOLINER (2013) afirmam:
“O conceito de durabilidade associa-se diretamente à vida útil. Refere-se às
características dos materiais e/ou componentes, às condições de exposição e às
condições de utilização impostas durante a vida útil da edificação. Destaca-se que
a durabilidade não é uma propriedade intrínseca dos materiais, mas sim uma função
relacionada com o desempenho dos mesmos sob determinadas condições
ambientais. O envelhecimento destes resulta das alterações das propriedades
mecânicas, físicas e químicas, tanto na superfície como no seu interior, em grande
parte devida à agressividade do meio ambiente”. (POSSAN e DEMOLINER, 2013).
A NBR 15575/1 (ABNT, 2013) define durabilidade como
a “capacidade da edificação ou de seus
sistemas de desempenhar suas funções, ao longo do tempo e sob condições de uso e manutenção
especificadas”.
Complementa ainda que a durabilidade dos sistemas de um edifício é uma exigência
econômica do usuário, porque está vinculado ao custo global do bem imóvel. Quando um produto
deixa de cumprir suas funções previamente estabelecidas, sua durabilidade se extingue, isto ocorre
pela degradação gradual que o leva a um estado de desempenho insatisfatório ou a sua
obsolescência funcional.
Entende-se desta forma que quanto mais durável for um material; ou imóvel; maior será a sua Vida
útil e em consequência o impacto ambiental será reduzido.
Para um entendimento geral deste assunto, é relevante explorar outros dois conceitos, sendo estes
complementares ao conceito de durabilidade, são eles: Vida útil de projeto -VUP e Vida útil -VU.
A Vida Útil de Projeto (VUP), simplificadamente, é uma expressão de caráter econômico para uma
exigência do usuário. (ABNT NBR 15575/1, 2013). De acordo com a Norma de desempenho (ABNT,
2013),
“a melhor forma para se determinar a VUP para uma parte de uma edificação é através de
pesquisa de opinião entre técnicos, usuários e agentes envolvidos com o processo de construção”
.
Entende-se a VUP como uma relação direta entre o melhor custo global e o tempo que o usuário
utilizará o bem, de acordo com a sua ótica pessoal. Serve como balizadora do processo de produção
do imóvel, portanto, deve ser estabelecida no início, pois trata- se de uma decisão de projeto. Devido
à grande variedade de materiais e técnicas ofertados, pode-se ter uma VUP maior ou menor
conforme apontado pelo planejamento.
POSSAN e DEMOLINER (2013) enfatizam que:
“apesar da vida útil quando definida no nível do
projeto tender a diminuir o custo global, o construtor, para reduzir o custo inicial, tende a construir