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equilíbrio da intergeração. A falta de um pensamento em longo prazo é uma realidade no discurso

da sustentabilidade, pois é na permanência que os feitos do planejamento, efeitos futuros, ações e

não ações são percebidas. A inclusão da questão temporal é importante para lidar com o legado

material e o transcendente pessoal. Podem ser atribuídos vários conceitos de lugar, mas não estará

completo até se adicionar certo componente temporal.

A dimensão - as pessoas: as necessidades humanas vão além delas próprias, com segurança,

amor, estima, e auto realização. As pessoas neste contexto de sustentabilidade são percebidas

como membros de uma sociedade e não como um ser humano individual. Além disso, tem um senso

de corpo e espírito individuais e sempre se interessaram com o significado da natural existência. O

futuro da humanidade é precário se não houver uma união entre os conhecimentos modernos e a

sabedoria pré-moderna, pois as pessoas estão eliminando completamente a estrutura dos

conhecimentos transcendentes.

A chamada revolução da identidade localizada e incorporada se trata de como as pessoas tem

recorrido ao seu próprio senso de ordem para avaliar os problemas ambientais, devido ao crescente

descrédito dos políticos, companhias, mídias, etc. É uma adequada forma de perceber a relação

entre natureza e sociedade a partir do ponto de vista pessoal.

Uma simples dimensão da sustentabilidade não é capaz de perceber a complexidade do

comportamento humano e da relevância da relação pessoal com o meio ambiente. O indivíduo gera

e mantém a cultura, e é parcialmente responsável pela construção da percepção da noção de que

a cultura depende do meio ambiente. Apenas com sua moral e valores, poderá alcançar a mudança

de consciência. É preciso alcançar um mundo ecologicamente racional e livre da persuasão moral

do autoritarismo de cima para baixo.

3. VISÃO PARA O FUTURO

A proposição de uma visão o futuro da borda urbana em cidades médias. Levando em consideração

interpretação das cartas patrimoniais, a indicação de ações pelos autores e a discussão da

sustentabilidade segundo Seghezzo (2009). O Quadro 01 apresenta a síntese dos desafios para a

borda urbana de cidades médias e a principal dimensão da sustentabilidade.

Tabela 01

: Desafios para a borda urbana.

Desafios para a borda

Autores

Carta Patrimonial

Dimensão *

Concentração territorial homogênea

pobre

Santos Júnior et. al. (2013);

Maricato (2000); Silveira (2014)

Atenas

Pessoas

Relação ao uso do solo e funções

Miranda (2009); Silveira (2014)

Atenas, Machu

Picchu e Rio

Pessoas

Mobilidade urbana, fluxo e transporte

público.

Maricato (2000); Silveira (2014)

Atenas e Machu

Picchu

Pessoas

Crescimento populacional, Densidade

e Verticalização

Silveira (2014)

Atenas, Estocolmo

e Machu Picchu

Pessoas

Sociocultural, miscigenação e

Identidade

Maricato (2000)

Brasília, Mar del

Plata e Rio

Pessoas

Pressão por mudança

Whitehand e Morton (2003)

Atenas

Lugar

Urbanização precária

Maricato (2000); Silveira (2014)

Atenas

Lugar

Meio ambiente e recursos naturais e

bem estar humano.

Whitehand e Morton (2003);

Miranda (2009)

Estocolmo, Machu

Picchu e Rio

Permanência

Descompactação urbana

Santos Júnior et. al. (2013);

Silveira (2014)

Lugar

Irregularidade fundiária

Miranda (2009); Silveira (2014)

Lugar

Opções culturais e esportivas

Maricato (2000)

Pessoas