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188 ABORDAURBANASUSTENTÁVEL: UM OLHARATRAVÉS DAS CARTAS
PATRIMONIAIS
MACULAN, Laércio Stolfo
(laercio.maculan@IMED.edu.br) *; MORO, Leila dal
(leidalmoro@yahoo.com.br)
1
Faculdade Meridional (IMED), Brasil
2
Universidade de Passo Fundo (UPF), Brasil
*
Autor correspondente
RESUMO
A urbanização brasileira ocorreu num curto período de tempo. A borda urbana como limite entre o
urbano e rural é o testemunho de uma urbanização incompleta, espalhada e com sérias deficiências.
O presente estudo tem como objetivo a proposição de melhoria para a borda urbana sob o ponto
de vista das cartas patrimoniais e discute a sustentabilidade na dimensão do lugar, permanência e
pessoas. Com caráter teórico o presente trabalho foca esta abordagem nas bordas urbanas de
cidades médias. As cartas patrimoniais são fruto de uma série de discussões ao longo de anos e
tem caráter indicativo. São passíveis de interpretações e talvez por isso, atemporais e de validade
inquestionável. Foram utilizadas no presente estudo a Carta de Atenas, Declaração de Estocolmo,
Carta de Machu Picchu, Carta de Brasília, a Carta de Mar del Plata e a Carta do Rio que apresentam
fatos pertinentes para as bordas urbanas. Segundo Seghezzo (2009) a existência de cinco
dimensões da sustentabilidade, sendo a dimensão lugar (espaço X, Y e Z); a permanência (tempo)
e a dimensão pessoas (humana), estas foram discutidas no presente estudo. Foi possível observar
que a Carta de Atenas II foi redigida em 1933 e Carta de Machu Picchu em 1977 continuam
pertinentes, uma vez que muitos dos seus critérios se apontamentos não foram observados, sobre
planejamento urbano, características do sítio para implantação, uso do solo, fluxos, entre outros. A
Declaração de Estocolmo e a Carta do Rio apontaram questões referentes a preservação do meio
ambiente nas bordas urbanas. E a Carta de Brasília e de Mar del Plata apontam melhorias na
preservação da miscigenação, cultura, identidade e patrimônio imaterial para as bordas.
Palavras-chaves:
Bordas urbanas, Cartas patrimoniais, Sustentabilidade.
THE SUSTAINABLE URBAN EDGE: A LOOK THROUGH THE
PATRIMONIAL CHARTERS
ABSTRACT
Brazilian urbanization occurred in a short period of time. The urban border as the boundary between
urban and rural is the testimony of an incomplete urbanization, spread and with serious deficiencies.
The present study aims at proposing improvements to the urban border from the point of view of
patrimonial charts and discusses sustainability in the size of the place, permanence and people.
With theoretical character the present work focuses this approach in the urban borders of medium
cities. The patrimonial letters are the result of a series of discussions over the years and are
indicative. They are susceptible of interpretations and perhaps because of this, timeless and of
unquestionable validity. The Athens Charter, the Stockholm Declaration, the Machu Picchu Charter,
the Brasilia Charter, the Mar del Plata Charter and the Rio Charter, which present relevant facts for
urban borders, were used in the present study. According to Seghezzo (2009) the existence of five
dimensions of sustainability, being the dimension place (space X, Y and Z); The permanence (time)