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Quanto à atividade residencial, a criação da Metrovivienda teve como objetivo principal a

apropriação de solo para o desenvolvimento de projetos de habitação de interesse social. Foram

realizadas significativas ações para estímulo ao desenvolvimento social, como a criação de

megabibliotecas públicas em zonas periféricas da cidade, próximas a parques e espaços públicos.

A cultura de observância de regras também foi estimulada junto à população (CEBALLOS e

MARTIN, 2004).

Na segunda gestão de Mockus houve sequência de certas políticas e programas das duas gestões

anteriores. Embora tenha retomado a abordagem de “cultura cidadã”, seguiu avançando nos temas

de zoneamento e mobilidade. Neste período realizou a primeira revisão do Plano de Ordenamento

Territorial, tratando temas como a questão das políticas ambientais, alterações nas classificações

de uso do solo, indenizações e estacionamentos, entre outros (CEBALLOS e MARTIN, 2004).

A política de mobilidade continuou a ser abordada através do início da execução da segunda fase

do Transmilenio. Mockus manteve as restrições ao uso de automóveis particulares (SANTAMARIA,

JIMENEZ e BARRIGA, 2006).

Quanto à atividade residencial, Mockus reabilitou a Caja de Vivienda Popular que tinha por objetivo

o acompanhamento social para a relocação de pessoas em situação de vulnerabilidade

(CEBALLOS e MARTIN, 2004).

Ações de desenvolvimento social identificadas foram a retomada da abordagem da “cultura cidadã”

em termos de valores de condutas de convívio, o fortalecimento de programas de redução da

violência e atenção a moradores de rua (CEBALLOS e MARTIN, 2004).

Garzón trouxe em seu mandato uma abordagem com ênfase social. Manteve algumas ações

relacionadas a temas abordados por seus predecessores (como mobilidade e espaços públicos),

entretanto com uma nova ordem de prioridades (TIXIER, 2010). Regularizou aproximadamente 200

áreas irregulares, e avançou quanto à regulamentação de zonas de uso público através do Plano

Diretor de Espaço Público. Este era regido por três eixos principais: política de gestão, cobertura e

acessibilidade, e política de qualidade (SERRUDO, 2007).

Foi concluída da segunda fase da implantação do Transmilenio. Além disto foi iniciado o

planejamento da terceira fase do sistema que deveria ser implementada na gestão seguinte

(HIDALGO e GRAFITIEAUX, 2007). Garzón manteve a restrição no uso de automóveis particulares

adotadas nos governos anteriores.

Garzón implantou programas sociais com objetivo de propiciar à população condições de efetivo

exercício de direitos políticos, econômicos e sociais. Entre os programas estão o “Bogotá sin

hambre” (relacionado a nutrição, e que foi o principal programa social da administração de Garzón),

“Saúde para uma vida digna”, “Tolerância zero para abuso, mendicância e trabalho infantil” e

“Comunicação para participação” (TIXIER, 2010).

4.3 MODELO DE GESTÃO URBANA

O presente estudo dá um passo adicional na identificação dos fatores que contribuíram para a

transformação de Bogotá. Um produto importante deste estudo é a proposta de um modelo de

gestão urbana (com abordagem cíclica). O padrão que serviu de base para a proposta do modelo

de gestão foi identificado a partir da análise das ferramentas de planejamento e gestão urbana

utilizados pelos prefeitos entre os anos de 1995 e 2007 conforme mostra a Figura 1.