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2074

Tabela 3.

Instrumentos de planejamento urbano

Instrumentos

Descrição

Autores

Zoneamento

Criação ou atualização da divisão do

solo urbano e fomento à observação

da sua normatização.

Giles e Dowal (1996:5);

American Planning Association (2001);

Kaiser, Godshalk e Chapin (1995).

Mobilidade

Criação ou atualização de ações e

políticas de mobilidade com ênfase

na mobilidade a pé, uso de bicicletas

e transporte coletivo.

Suzuki, Cevero e Iuchi (2013);

World Bank (2013, 2009);

Atividade

residencial

Ênfase em ações de habitação para

população de baixa renda e na

redução da habitação informal.

Kaiser, Godshalk e Chapin (1995);

Ceballos e Martin (2004).

Desenvolvimento

social

Ênfase em ações que valorizem

beneficiar a comunidade como um

todo, dando similar importância a

pessoas de distintos grupos sociais.

Midgley (2013);

Bridsall (1993).

Fonte: Elaborada pelo autor.

A obtenção de evidências para a pesquisa foi realizada através de pesquisa documental. Foram

utilizados documentos oficiais do Governo de Bogotá, material científico e material disponível na

internet como artigos de jornais e documentários.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados constituem a apresentação de informações referentes especificamente aos períodos

dos governos dos prefeitos Antanas Mockus (1995-1997 e 2001-2003), Enrique Peñalosa (1998-

2000) e Luís E. Garzón (2004-2007).

4.1 APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE GESTÃO

O primeiro governo de Mockus foi caracterizado por um apelo à “cultura cidadã”. A implementação

desta abordagem foi realizada através do posicionamento de liderança com forte ênfase ao combate

à corrupção e estímulo ao cumprimento de normas de convivência. Houve ajuste financeiro a fim

de preparar a cidade para buscar financiamentos necessários ao desenvolvimento urbano. Foram

regularizadas 122 áreas de ocupação irregular. Trabalhou também na recuperação e valorização

de espaços públicos (CEBALLOS e MARTIN, 2004; SANTAMARIA, JIMENEZ e BARRIGA, 2006).

Durante o mandato de Peñalosa foi utilizada uma abordagem distinta de governo, não quanto à

cidade democrática, mas quanto aos passos para criá-la. Buscou para sua equipe profissionais do

setor privado, que o auxiliaram a realizar uma gestão orientada por resultados, viabilizando a

adoção prática de visão de longo prazo (projetos que tiveram sequência nos governos seguintes).

Foi emitido o Decreto do Plano de Ordenamento Territorial de Bogotá e criada a Metrovivienda.

Quanto à regulamentação de ocupações ilegais, foram regularizados via decreto aproximadamente

449 ocupações (BOGOTÁ, 2000).

A viabilização de recursos financeiros na administração de Peñalosa contou com a reorganização

tributária, e parcerias público-privadas. Estas últimas foram utilizadas para a operação do

Transmilênio e na área da educação, através da concessão da administração de escolas públicas

à instituições privadas de ensino (SANTAMARIA, JIMENEZ e BARRIGA, 2006).