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Na segunda gestão de Mockus identifica-se o caráter estratégico através da continuidade aos

projetos do governo anterior. Houve sequência nas ações iniciadas por Peñalosa como as de uso

de espaços públicos e mobilidade urbana (CEBALLOS e MARTIN, 2004).

O Plano de Ordenamento Territorial teve sua primeira revisão ainda durante o mandato de Mockus

em 2003. Recursos da mais valia urbana obtidos através pelo poder público eram destinados

prioritariamente para projetos de habitação de interesse social (SALGADO, MONTAÑA e

VEJARANO, 2008; FERRO, 2007).

Foi formalizado em 2001 o Sistema Distrital de Informações (SDI). Este sistema dispunha de

informações integradas oriundas tanto da Administração central de Bogotá, como de empresas

públicas e do Fundo de Desenvolvimento Local (CEBALLOS e MARTIN, 2004).

O mandato de Garzón possui características distintas daquelas encontradas em seus dois

predecessores (embora tenha mantido ações de governos deles, como a expansão do

Transmilenio) mas que trouxe contribuições importantes para a cidade. Garzón apresentou a

abordagem “cidade-região”, com a cidade como a centralidade de um sistema integrado à uma

região composta por outras cidades (FUNDACIÓN KONRAD ADENAUER, 2010). Destaca-se ainda

a regulamentação do Plano Diretor de Espaço Público, através do qual o espaço público é

concebido a partir de sua definição sociocultural e política, composição física e as formas de

ocupação e apropriação. A aprovação do Plano Diretor de Espaço Público foi realizada em 2005

(SERRUDO, 2007).

Foi feita uma compilação dos Decretos no 619 de 2000 e no 469 de 2003 (ambos dispõem sobre o

Plano de Ordenamento Territorial). Esta compilação teve por objetivo proporcionar princípios de

simplicidade e transparência (BOGOTÁ, 2004).

4.2 APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO URBANO

Durante o primeiro mandato de Mockus, identificam-se ações de desenvolvimento social com

objetivo de desenvolvimento da cultura cidadã. Mesmo sendo considerada uma medida até certo

ponto impopular (DALSGAARD, 2009), houve comprovada redução no índice de homicídios em

Bogotá a partir deste período (ACERO, SALAZAR e RAMÍRES, 2006).

Mockus deu início à ações de melhoria da mobilidade urbana em Bogotá. Neste sentido foram

traçadas metas de ampliação da malha viária urbana e início dos estudos sobre a viabilidade do

sistema de metrô para a cidade (CEBALLOS e MARTIN, 2004). Através da sua política de “cultura

cidadã”, estimulou a observação e acatamento de normas, e a convivência em espaços públicos.

Percebe-se que esta cultura é beneficiada através das ações das administrações municipais

seguintes (SERRUDO, 2007).

Na gestão de Peñalosa, identifica-se como importante instrumento de zoneamento a expedição do

Plano de Ordenamento Territorial. Foram estabelecidos padrões urbanísticos específicos com

objetivo de estabelecer uma abordagem de “modelo de cidade” (MONTAÑA E VERAJANO, 2008).

Houve a regularização fundiária de aproximadamente 449 áreas irregulares, com destaque o projeto

do Tercer Milenio que constituiu em um conjuntos de ações em uma área degradada no centro da

cidade. Entre os objetivos do programa estavam a transformação econômica da área, melhoria nas

condições de habitação, renovação social e transformação estética (CEBALLOS e MARTIN, 2004).

A construção de ciclovias e melhoria dos espaços para o trânsito de pedestres tiveram como

objetivo “pedagógico” tratar pedestres e ciclistas com o mesmo nível de prioridade do que até então

era dado aos automóveis nas vias municipais (DALSGAARD, 2009). Foi concebido e implantado

Transmilenio, um sistema de ônibus de alta performance baseado na concepção do BRT (Bus Rapid

Transit). A rede de transporte coletivo existente foi integrada ao sistema Transmilenio (CEBALLOS

e MARTIN, 2004; HIDALGO e GRAFITIEAUX, 2007).