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areia, sendo agora apenas 30 a 45% superior à mesma. O processo de reciclagem do pneu
requer várias etapas de trituração, a remoção dos metais e fibras poliméricas presentes nos
pneus, e possivelmente uma moagem final para reduzir o tamanho de sua partícula. Neste
processo, nota-se que o gasto energético é grande quando comparado à extração de areia natural
- o material que foi substituído nos traços.
Figura 1.
Impacto ambiental do BRRP e da areia em nível
midpoints
Tabela 3.
Resultado de caracterização da areia e BRRP
Material
Respiratórios inorgânicos
(kg PM2.5 eq.)
Aquecimento
global (kg CO
2
eq.)
Energia não
renovável (MJ)
Areia (2,7kg)
4,9E-05
0,0285
0,44470
BRRP (1 Kg)
3,67E-04
0,1163
1,84386
BRRP BR (1 kg)
6,3E-05
0,0413
0,58357
Nota: BRRP: resíduo de borracha de pneu reciclado (matriz energética norte-americana); BRRP BR: resíduo
de borracha de pneu reciclado (matriz energética brasileira).
Nas figuras 2 e 3, empregou-se o BRRP tal qual definido para o cenário norte-americano em 1 m³
de CAA. Como se observa na Figura 2 há uma tendência crescente de aumento das três
principais categorias de impacto
midpoints
com o aumento da substituição da areia por BRRP,
apesar de baixos coeficientes de determinação (R²) para as linhas de tendência lineares. Isso
ocorre em virtude de no CAA, o BRRP substituir a areia, um material que não representa impacto
significativo em relação ao total, e que comparativamente ao BRRP possui melhor desempenho
ambiental, como apresentado anteriormente na Figura 1 e Tabela 3. O impacto de aquecimento
global variou de 382 a 580 kg CO
2
eq. por metro cúbico das misturas analisadas, sendo as
misturas do estudo de Yung; Yung; Hua (2013) com melhores desempenhos, devido ao uso de
adições minerais substituir 50% do cimento nos traços. O melhor teor obtido para o uso de BRRP
em seu estudo foi de 5%, com impacto total do traço de 383 kg CO
2
eq. Já nas misturas de Ismail;
Hassan (2016) o teor máximo de adições minerais foi de apenas 30%, tendo como melhor
resultado 438 kg CO
2
eq., para 5% de BRRP. As categorias de impacto respiratórios inorgânicos e
energia não renovável tiveram como intervalo nas misturas analisadas os valores de 0,35 a 0,52