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leito carroçável nas áreas de travessia de pedestres (qualidade da manutenção)
obtiveram os
melhores resultados (Figura 5a). A boa avaliação da qualidade do indicador
Condição piso do leito
carroçável nas áreas de travessia de pedestres
pelos usuários não reflete a realidade, nas
travessias existem buracos no leito carroçável e vários pontos não possuem faixa de pedestre
(Figura 5b, c).
Em síntese, entre os Temas avaliados pelos usuários, os pontos de ônibus requerem maior atenção
por parte da administração pública, seguidos pelas calçadas e travessias. De acordo com os
entrevistados alguns pontos levantados que, se alterados, podem contribuir para a melhoria da
microacessibilidade local são: condição do piso das calçadas; iluminação pública; arborização;
manutenção do leito carroçável e pintura das faixas de pedestre; qualidade da cobertura e das
informações disponíveis dos pontos de ônibus, aumento da largura da calçada onde existem pontos
de ônibus, entre outros. Além do acréscimo de faixas de pedestre e rebaixo de calçadas no entorno
do
shopping center
e nas proximidades dos pontos de ônibus, para evitar travessias perigosas.
5. CONCLUSÃO
A infraestrutura voltada aos pedestres e usuários de transporte público, quando adequada, é um
incentivo à utilização de meios de deslocamento mais sustentáveis, pois o grau de satisfação das
pessoas quanto à infraestrutura de pedestres pode influenciar positiva ou negativamente na escolha
dos modos mais sustentáveis como o modo a pé e transporte público.
Este artigo analisou a percepção dos pedestres em relação a microacessibilidade em um percurso
entre ponto de ônibus e
Shopping Center
para identificar a qualidade das calçadas, travessias e
pontos de ônibus e obter as características que prejudicam o deslocamento dos usuários.
Dentre os temas avaliados, os pontos de ônibus se destacaram com pior avaliação e maior
necessidade de adequações para melhorar a qualidade da microacessibilidade local e atender às
necessidades dos usuários.
Em relação a metodologia utilizada, observaram-se algumas discrepâncias entre o resultado das
avaliações dos usuários com a realidade do local. O usuário possui uma visão mais restrita dos
problemas que envolvem a microacessibilidade. Diante desta constatação, sugere-se a utilização
de um instrumento metodológico que incorpore a realização de entrevistas (aplicadas aos usuários)
e vistorias técnicas (realizadas por especialistas), para se ter uma avaliação completa e mais
precisa da infraestrutura do pedestre.
Espera-se que o resultado desta pesquisa contribua para a realização outras pesquisas para
avaliação da infraestrutura destinada ao pedestre, no entorno de
Shopping Center
ou áreas
similares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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