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1882

é dado pela fórmula:

ÍNDICE DE CAMINHABILIDADE = [(2 x z-score densidade de intersecções) +

(z-score densidade de residências) + (z-score densidade de comércio) + (z-score variação do uso

do solo)]

. A densidade de intersecções tem peso dois (2) no cálculo do índice, uma vez que

evidências anteriores apontam que a densidade de intersecções exerce forte influência na escolha

do caminhar como forma de deslocamento (FRANK et al., 2010a).

Para essa pesquisa foram utilizados mapas digitais da cidade de Cambé-PR (CAMBÉ, 2015)

manipulados no programa AutoCAD 2015 e ArcGIS Versão 10.4

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. Os levantamentos

foram feitos a partir do Google Earth e Google Street View e os cálculos sistematizados no programa

Excel 2013.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para o mapa final do índice de caminhabilidade, os setores censitários considerados foram

classificados em tercis. Devido a escala da cidade, foram adotadas apenas três classificações para

a caminhabilidade: alta, uma categoria de transição (média) e baixa (Figura 1).

Observa-se a concentração de setores com alta caminhabilidade no centro da cidade (setores 2 e

3) e em três áreas periféricas. Essas concentrações compõem o núcleo de uma estrutura

concêntrica, onde setores com alta caminhabilidade são seguidos por setores de média e, por fim,

por setores com baixa caminhabilidade. Assim, os setores de menor índice de caminhabilidade

estão localizados nas regiões periféricas. São áreas de urbanização recente e exclusivamente

residenciais de baixa densidade (setor 80) e outras caracterizadas pelo uso industrial (setores 10,

13, 22, 59, 74 e 75). Essas áreas apresentam muitos vazios e, como consequência, resultam em

áreas pouco conectadas e sem continuidade da malha urbana.

Essas estruturas e a distribuição das mesmas estão vinculadas às barreiras físicas de Cambé, como

o leito da ferrovia e as Rodovias BR-369 e PR-445. A ferrovia divide a área central da porção norte

e as rodovias definem os acessos à cidade, bem como representam a conexão para a cidade vizinha

de Londrina, centro da Região Metropolitana. Observa-se, a partir dessas barreiras, a definição das

regiões de alta caminhabilidade e infere-se que, a partir da formação de áreas mais isoladas,

formam-se novas centralidades com alta variação de uso do solo e alta densidade de intersecções.