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a proporção entre os diferentes usos. Por exemplo, os setores 38, 40 e 41 formam uma região
lindeira à rodovia com usos voltados a serviços e residencial, e na sistematização do cálculo não
há a ponderação entre a importância, interação ou mesmo a configuração entre os usos (HESS;
MOUDON; LOGSDON, 2001; MANAUGH; KREIDER, 2013).
5. CONCLUSÃO
Esse estudo apresenta a construção do Índice de Caminhabilidade na cidade de Cambé-PR e uma
análise comparativa entre a diversidade do uso do solo e a densidade de intersecções. Estas
variáveis, de acordo com a análise espacial, estão vinculadas a conformação de barreiras físicas
como rodovias e ferrovia e, dessa forma, nas regiões isoladas tendem a emergir novas
centralidades com alta diversidade de uso do solo e alta densidade de intersecções, contribuindo
para o aumento da caminhabilidade.
Os resultados dessa pesquisa apontam para futuros aprofundamentos em relação às variáveis
consideradas para o índice, tendo em vista a dimensão de cidades de porte médio brasileiras. O
índice já calculado em cidades na Austrália (MAYNE et al., 2013), nos Estados Unidos (FRANK et
al., 2010a) e também em cidades da América Latina como Bogotá, na Colômbia (CERVERO et al.,
2009), e Curitiba (REIS et al., 2013), apresenta realidades diferentes. A aplicação em distintos
contextos deve considerar possíveis adaptações, como as cidades planejadas de malha ortogonal
e as diferenças socioeconômicas. Essa pesquisa contribui para a inserção da mobilidade ativa nas
discussões do planejamento urbano, evidenciando possíveis intervenções no ambiente construído
para tornar as cidades mais caminháveis e, consequentemente, mais saudáveis.
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