Table of Contents Table of Contents
Previous Page  1885 / 2158 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 1885 / 2158 Next Page
Page Background

1885

a proporção entre os diferentes usos. Por exemplo, os setores 38, 40 e 41 formam uma região

lindeira à rodovia com usos voltados a serviços e residencial, e na sistematização do cálculo não

há a ponderação entre a importância, interação ou mesmo a configuração entre os usos (HESS;

MOUDON; LOGSDON, 2001; MANAUGH; KREIDER, 2013).

5. CONCLUSÃO

Esse estudo apresenta a construção do Índice de Caminhabilidade na cidade de Cambé-PR e uma

análise comparativa entre a diversidade do uso do solo e a densidade de intersecções. Estas

variáveis, de acordo com a análise espacial, estão vinculadas a conformação de barreiras físicas

como rodovias e ferrovia e, dessa forma, nas regiões isoladas tendem a emergir novas

centralidades com alta diversidade de uso do solo e alta densidade de intersecções, contribuindo

para o aumento da caminhabilidade.

Os resultados dessa pesquisa apontam para futuros aprofundamentos em relação às variáveis

consideradas para o índice, tendo em vista a dimensão de cidades de porte médio brasileiras. O

índice já calculado em cidades na Austrália (MAYNE et al., 2013), nos Estados Unidos (FRANK et

al., 2010a) e também em cidades da América Latina como Bogotá, na Colômbia (CERVERO et al.,

2009), e Curitiba (REIS et al., 2013), apresenta realidades diferentes. A aplicação em distintos

contextos deve considerar possíveis adaptações, como as cidades planejadas de malha ortogonal

e as diferenças socioeconômicas. Essa pesquisa contribui para a inserção da mobilidade ativa nas

discussões do planejamento urbano, evidenciando possíveis intervenções no ambiente construído

para tornar as cidades mais caminháveis e, consequentemente, mais saudáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERKE, E. et al. Association of the Built Environment With Physical Activity and Obesity in Older

Persons. Research and practice. V.97, n.3, p. 486–492, 2007.

BROWNSON, R. et al. Measuring the Built Environment for Physical Activity. State of the Science.

American Journal of Preventive Medicine. V.36, n.4, p. S99-S123, 2009.

CAMBÉ. Prefeitura do Município. Departamento de Planejamento, 2015.

CAMPOLI, Julie. Made for Walking: Density and Neighborhood Form. Massachusetts: Lincoln

Institute of Land Policy, 2012. 208 p.

CARVALHO, C. et al. A mobilidade urbana no Brasil. Infraestrutura Social e Urbana no Brasil:

subsídios para uma\ agenda de pesquisa e formulação de políticas públicas. Comunicados do IPEA.

n.94, 2011.

CAUWENBERG, J. et al. Neighborhood walkability and health outcomes among older adults: The

mediating role of physical activity. Health & place. V.37, p. 16–25, 2016.

CERVERO, R. et al. Influences of Built Environments on Walking and Cycling: Lessons from Bogotá.

International Journal of Sustainable Transportation. V.3, p. 203–226, 2009.

CERVERO, R; KOCKELMAN, K. Travel demand and the 3ds : Density, Design and Diversity.

Transportation Research Part D: Transport and Environment. V.2, n.3, p. 199-219, 1997.

DING, D.; GEBEL, K. Built environment, physical activity, and obesity: What have we learned from

reviewing the literature? Health & Place. V.18, n.1, p. 100-105, 2012.