1890
present the quality index of sidewalks in a medium-sized city in the north of Rio Grande do Sul. The
methodology used is structured in three stages, the first phase is the technical evaluation of the
quality indicators of the (Safety, maintenance, effective width, safety, visual attractiveness,
permeability and accessibility) and was applied in 16 study blocks (randomly selected).
Subsequently, 370 questionnaires were applied to the residents of the blocks of the study area, so
that each one identified the level of importance of the indicators under analysis. Lastly, the quality
index of the sidewalks (IQC) was calculated. The results show that Passo Fundo, like the great
majority of the cities in the world, presents a quality index of the pavements classified as very bad
(G - 1.92). Therefore, public management and the community of Passo Fundo will need to invest in
the elaboration of specific legislation for the execution and maintenance of sidewalks, observing and
inserting quality indicators in the projects to be approved and / or re-adapted. With this, the quality
of the sidewalks and walkability in the city will be expanded.
Keywords:
To walk; Index; Sidewalks; Indicators; Cities.
1. INTRODUÇÃO
O planejamento do espaço urbano deve estar voltado para o convívio ao nível dos olhos. Neste
aspecto, a qualidade das calçadas é um fator importante, pois a circulação de pedestres garante
esta vivacidade ao ambiente urbano. Além disso, o simples ato de caminhar pelo espaço urbano
resulta em inúmeros benefícios à saúde pessoal, ao meio ambiente e à mobilidade urbana,
propiciando assim, melhor qualidade de vida aos habitantes da cidade (FERREIRA; SANCHES,
2001a; GHEL, 2011).
Devido à crescente urbanização, as cidades necessitam, cada vez mais, de diretrizes de
organização do espaço e da mobilidade urbana que incentivem os deslocamentos a pé e a
integração entre os modais de transporte mais sustentáveis tais como: VRT, BRT, metros, ônibus
entre outros (PORTUGUAL, 2012). No entanto, esse processo que interliga diferentes modais e
proporciona o andar a pé pelas cidades, necessita de infraestrutura adequada e convidativa de
forma a potencializar os índices de caminhabilidade no ambiente construído (RODRIGUES et al.,
2014).
Segundo Park (2008) o termo
‘’caminhabilidade’’
refere-se à qualidade do ambiente percebido pelos
pedestres. Sendo assim, para que os deslocamentos a pé aconteçam, as pessoas traçam rotas e
caminhos dando preferências: aos mais seguros, acessíveis e se possível ‘’curtos’’ (ROCHA, 2016).
Conforme a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP, 2012), no Brasil, 36,8% da
população se desloca a pé, 29,1% utiliza o transporte coletivo e 27,4% usa o transporte individual
motorizado. Nesse contexto, pode-se dizer que, o percentual de deslocamentos realizados a pé é
considerável (36,8%) uma vez que, o Brasil carece de políticas públicas que incentivem esse
comportamento. Outro fator diretamente vinculado a esses índices é a ineficiência do transporte
público, tanto quanto ao custo da passagem, como à insegurança provocada pelo aumento dos
assaltos a coletivos urbanos e, à baixa qualidade dos serviços oferecidos, fatores estes que
desestimulam o seu uso.
O “andar a pé” pelas cidades deve ser incentivado, pois esta é uma alternativa de mobilidade
sustentável. No entanto, para que essa atividade ocorra será necessário dar suporte a estes
deslocamentos. Assim sendo, a calçada é a infraestrutura base deste processo (andar a pé). E,
desse modo, deve apresentar condições adequadas e convidativas, tornando-a prioritária na
escolha dos usuários, conduzindo assim ao ‘’abandono’’ dos outros meios de transporte quando
desnecessários (PACHECO, 2016).